A análise de necessidades perante o caráter hercúleo de uma tarefa premente: tornar o ensino de Inglês como Língua Estrangeira na educação superior uma prática centrada no aluno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.8415359
Palavras-chave: Análise de Necessidades, Inglês como Língua Estrangeira, Universidade pública federal, Inglês Geral para Fins Específicos

Resumo

Este ensaio acadêmico tem um triplo objetivo: Rever a bibliografia mais relevante desde os clássicos até os dias atuais sobre o instrumento metodológico ‘análise de necessidades’. Apresentar, respaldado por essa literatura pertinente revisitada, a face de Jano da minha prática docente concernente ao tema em tela: por um lado, a obrigação de formatar cada curso de Inglês Língua Estrangeira (ILE) que for ministrar para as especificidades desse ou daquele alunado, a partir da sondagem de uma análise de necessidades; e por outro, a factibilidade dessa demanda avassaladora, que inviabiliza, por enquanto, tal customização pormenorizada. Corolário, apresentar uma 3ª via para o dilema, pressionado que sou a optar por um Inglês Geral para Fins Específicos, devido tanto à complexidade do planejamento curricular em si, quanto à ubiquidade do papel do inglês no modelo institucional que a universidade em que ora atuo adota, e seu plantel hoje na área, ainda deveras escasso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Vicente Santos Mendes, Universidade Federal do Sul da Bahia

Mestre em ciências linguística teórica pela Sophia University, Tokyo, Japan. PhD em linguística cognitiva pela Hamburg Universität, Alemanha. Decano de Inglês Língua Estrangeira da Universidade Federal do Sul da Bahia.

Referências

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Aprendizagem e ensino de línguas em contextos tecnológicos. Revista Reverte – Revista de Estudos e Reflexões Tecnológicas da FATEC – Indaiatuba. v. 6, 2008.

ARAÚJO, M. Inglês para fins específicos: o desenho de um curso a partir da análise de necessidades. Intercâmbio, vol. 30, p. 51-79, 2015.

AUGUSTO-NAVARRO, E. H. Os novos rumos do English for Specific Purposes. 2011. Disponível gratuitamente em linha: http://ww.sala.org.br/index.php/videos/229-os-novos-rumos-de-english-for-specific-purpose. Acesso em: 19 jun 2019.

BELCHER, D. English for Specific Purposes: Teaching to perceived needs and imagined futures in worlds of work, study, and everyday life. TESOL Quarterly, vol. 40, number 1, p. 133-56, 2006.

______ What ESP is and can be: An introduction. In D. Belcher (ed.) English for specific purposes in theory and practice. Ann Arbor: University of Michigan Press, p. 1-20, 2009.

BROWN, D. Introducing needs analysis and ESP. London: Routledge, 2016.

CELANI, A. When myth and reality meet: Reflections on ESP in Brazil. ESP 27, 4, p. 412-23, 2008.

CHALHUB, S. Funções da linguagem. Série Princípios, 119. São Paulo: Editora Ática, 2006.

CHAMBERS, F. A re-evaluation of needs analysis in ESP. ESP Journal, 1/1, 25-33, 1980.

COLEMAN, H. Programme Development for Learners of English. In R. Richterich (ed.) Case studies in identifying language needs. Oxford: Pergamon, 79-87, 1988.

DELLA ROSA, S. F. Análise das reflexões estabelecidas por pesquisadores entre conhecimento de língua inglesa e desempenho acadêmico. Dissertação de Mestrado em Linguística. Universidade Federal de São Carlos, 2013, 148 pp.

DUDLEY-EVANS, T.; ST. JOHN, M. Developments in ESP: An interdisciplinary approach. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1998.

FAIRCLOUGH, N. Critical discourse analysis: The critical study of language. London: Routledge, 2013. Second revised, updated and enlarged edition.

FLOWERDEW, L. Needs analysis and curriculum development in ESP. In B. Paltridge; S. Starfield (eds.) The handbook of ESP. Malden, MA: Wiley/Blackwell, p. 325-46, 2014.

HARWOOD, N.; PETRIC, B. English for Academic Purposes. In J. Simpson (ed.) Handbook of applied linguistics. London: Routledge, p. 246-61, 2011.

HAWKEY, R. Programme development for learners of English. In R. Richterich (ed.) Case studies in identifying language needs. Oxford: Pergamon, Council of Europe, p. 79-87, 1983.

HIRVELA, A. Review of Myra Schulman’s Journeys through literature. English for Specific Purposes, 17, p. 320-26, 1998.

HUTCHINSON, T.; WATERS, A. ESP: A learner-centred approach. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1987.

HUTHA, M.; VOGT, K.; JOHNSON, E.; TULKKI, D. Needs analysis for language course design: A holistic approach to ESP. Edited and with an introduction by D. R. Hall. New York: Cambridge University Press, 2013.

JACOBSON, W. An assessment of communication needs on non-native speakers of English in an undergraduate physics lab. English for Specific Purposes 7: 55-60, 1986.

JAKOBSON, R. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1969.

JOHNS, A. The history of English for Specific Purposes research. In B. Paltridge; S. Starfield (eds.) The handbook of English for Specific Purposes. Malden, MA: Wiley/Blackwell, p. 5-30, 2014.

JOHNS, A.; MAKALELA, L. Needs Analysis, critical ethnography, and context: Perspective from the client and the consultant. In D. Belcher; A. M. Johns; B. Paltridge (eds.) New directions in ESP research. Ann Arbor: University of Michigan Press, p. 197-221, 2011.

JORDÃO, C. ILA – ILF – ILE – ILG: Quem dá conta? EAL – ELF – EFL – EGL – Same difference? RBLA, Belo Horizonte, vol. 14, nº 1, p. 13-40, 2014.

KUBOTA, R; CHIANG, L. Gender and race in ESP research. In B. Paltridge; S. Starfield (eds.) The handbook of English for Specific Purposes. Malden, MA: Wiley/Blackwell, p. 481-99, 2014.

MACKAY, R. Identifying the nature of the learner’s needs. In A. Mackay; A. Mountford (eds.) English for specific purposes. London: Longman, p. 21-37, 1978.

MCDONOUGH, J. Needs analysis. In K. Johnson; H. Johnson (eds.) Encyclopedic dictionary of applied linguistics. Oxford, UK: Blackwell, p. 228-30, 1999.

MARKEE, N. Towards an appropriate technology model of communicative course design: issues and definitions. English for Specific Purposes, 5/2, p. 161-72, 1986.

AUTOR, X.Y. Needs analysis and the teaching-learning of EFL at the youngest public federal university in Brazil. Paper given at the IV SEFELI (Seminário Formação de Professores e Ensino de Língua Inglesa). Aracaju, Sergipe Federal University, 2018.

MUNBY, J. Communicative syllabus design. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1978.

NASH, M. G.; FERREIRA, W. R. Real English: Vocabulário, gramática e funções a partir de textos em inglês. Barueri, SP: Disal, 2010.

NATION, I. S. P.; MACALISTER, J. Language curriculum design. New York and London: Routledge, 2020. 2nd updated and revised edition.

PALTRIDGE, B. Teaching English for Specific Purposes. In A. Burns; J. Richards (eds.) The Cambridge guide to pedagogy and practice in second language teaching. New York: Cambridge University Press, p. 179-85, 2012.

PILBEAM, A. The language audit. Language Training 1/2, 593, 1979.

RAMOS, R. Instrumental no Brasil: desconstrução de mitos e construção do futuro. In M. M. Freire; M. H. V. Abrahão; A. M. F. Barcelos (orgs.) Lingüística aplicada e contemporaneidade. São Paulo: ALAB; Campinas: Pontes, p. 109-23, 2005.

RIBEIRO, M. Aspectos culturais no contexto empresarial globalizado: novos desafios para o professor de língua estrangeira (inglês). Revista Reverte, vol. 6, 2008.

RIBEIRO JR., J. A. Análise de necessidades no meio empresarial: o uso da língua inglesa em logística. Trabalho de conclusão de curso de graduação em nível superior em gestão empresarial com ênfase em logística aeroportuária. S/d. Disponível online em www.fatecid.com.br

RICHARDS, J.; SCHMIDT, R. Longman dictionary of language teaching and applied linguistics. Malasya: Pearson, 2010, 4th updated edition.

RICTHERICH, R. (Ed.) Case studies in identifying language needs. Oxford: Pergamon, 1983.

RICHTERICH, R.; CHANCEREL, J.-L. Identifying the needs of adults learning a foreign language. Oxford: Pergamon, 1980.

ROBINSON, P. C. ESP today: A practitioner’s guide. New York: Prentice Hall, 1991.

SIQUEIRA, S. World Englishes, world English, inglês como língua internacional, inglês como língua franca. In X. C. Lagares; M. Bagno (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, p. 333-54, 2011.

SOUZA, S. Análise de necessidades e o ensino de línguas para fins específicos. Revista Desempenho, número 22, s/ pp. na publicação em linha, 2014.

SURIANO, F. A. et al. Ensino de inglês nos cursos de tecnologia: interesses e necessidades para o desenvolvimento de conteúdo específico. Reverte n.14, 1-11, 2016.

TARANTINO, M. Italian in-field EST users self-assess their macro- and micro-level needs. A case study. English for Specific Purposes 7: 33-54, 1988.

TERENZI, D. Inglês para propósitos específicos no ensino superior tecnológico: Relações entre as percepções dos aprendizes, a proposta da instituição formadora e as demandas dos empregadores. Tese de doutorado. São Carlos: UFSCar, 2014.

THOMPSON, M. A. Inglês instrumental: Estratégias de leitura para informática e internet. São Paulo: Érica/Saraiva, 2016.

VIAN JR. O. Inglês instrumental, inglês para negócios e inglês instrumental para negócios. São Paulo. DELTA, vol. 15, nº especial, 437-57, 1999.

WEST, L. Needs assessment in occupation-specific VESL, or how to decide what to teach. The ESP Journal 3: 143-52, 1984.

WEST, R. Needs analysis in language teaching. State of the art article. Language Teaching 27 (1), 1-19, 1994.

Downloads

Publicado em

29 de dezembro de 2021

Como Citar

MENDES, J. V. S. A análise de necessidades perante o caráter hercúleo de uma tarefa premente: tornar o ensino de Inglês como Língua Estrangeira na educação superior uma prática centrada no aluno. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 10, n. 4, p. 217–236, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.8415359. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1245. Acesso em: 18 maio. 2024.

Seção

Ensaios