A toponímia indígena artificial no Brasil: uma classificação dos nomes de origem tupi criados nos séculos XIX e XX

Autores/as

Palabras clave: Toponímia Artificial, Tupi Antigo, Línguas Gerais

Resumen

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v9i2.1700

No território brasileiro encontram-se topônimos de origem indígena de mais de quinhentos anos de existência,
atribuídos pelos próprios índios do passado, talvez até antes do Descobrimento do Brasil, ao lado de nomes
indígenas artificiais que têm poucas décadas de existência. Tais nomes surgiram a partir da segunda metade do
século XIX e sua criação tornou-se muito comum até os anos 50 do século XX. Esses topônimos artificiais são,
muitas vezes, confundidos com os topônimos espontâneos de origem indígena, que são principalmente
provenientes do tupi antigo e das línguas gerais dele originadas, ou seja, a língua geral meridional (ou paulista), a
língua geral amazônica e o nheengatu. As razões históricas para a ocorrência de tal fenômeno foram o
fortalecimento dos nacionalismos políticos no século passado, com reflexos no Brasil, o advento do Modernismo,
com profundos efeitos sobre a cultura ocidental em geral e sobre a cultura brasileira, em particular. Este artigo
analisa tal toponímia artificial, fazendo uma tentativa de sua classificação.

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Biografía del autor/a

Eduardo de Almeida Navarro, Universidade de São Paulo

Professor titular da Área de Línguas Indígenas do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Citas

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Publicado

septiembre 24, 2023

Cómo citar

NAVARRO, E. de A. . A toponímia indígena artificial no Brasil: uma classificação dos nomes de origem tupi criados nos séculos XIX e XX. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 9, n. 2, p. Port. 252–267/ Eng. 252, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1184. Acesso em: 25 may. 2024.

Sección

Artigos de temas livres