A busca de conceitos, orientações e técnicas de tradução, nos anos 1945-1979, e a formação da tradutologia de língua francesa: alguns elementos
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10408408Resumo
A tradução é uma atividade antiga. Contudo, foi somente após 1945 que começou a ser examinada sob um novo ângulo, científico. Ocorreu, então, uma virada nos estudos de tradução, levando à autonomia dos mesmos. Foi algo que aconteceu internacionalmente, embora o ritmo da mudança de perspectiva tenha variado de acordo com cada país. Como isso se deu nas pesquisas de língua francesa? Para responder à pergunta, este artigo propõe-se a estudar o percurso da reflexão teórica e prática dos anos 1945 a 1979 e observar os elementos formadores do que receberá o nome de tradutologia, por volta de 1980. Para tal, após alguns parágrafos introdutórios de ordem histórica e/ou teórica, o trabalho debruça-se sobre os principais textos em francês do período: Larbaud (1946), Mounin (1955), Cary (1956, 1958), Vinay e Darbelnet (1958), Mounin (1963), Seleskovitch (e Lederer) (1968-1979), e também sobre Jakobson (1959) em função de sua importância. Cada publicação é submetida a uma dupla interrogação para, por um lado, identificar os conceitos, as orientações, as técnicas por ela propostos e avaliar sua pertinência, sua utilidade e sua inovação; por outro lado, para determinar em que medida contribuiu para a guinada inovadora e, portanto, para a formação da tradutologia de língua francesa. A conclusão propõe alguns marcos de periodização, coloca em evidência as convergências entre os autores examinados, chama atenção sobre as exceções à ”regra de ouro” e examina o consenso sobre o conceito de equivalência. (Traduzido do francês por Carolina Pfeiffer).
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