A circularidade trágica em Esperando Godot, de Samuel Beckett
Resumo
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v1i9.1513
O presente artigo objetiva investigar o trágico na peça Esperando Godot, do escritor irlandês Samuel Beckett. Através de nossa análise, propomo-nos examinar de que maneira podemos compreender o trágico enquanto uma estrutura de sentir, termo cunhado por Raymond Williams (2002; 2011). O trágico, percebido sob o conceito de Williams, passa a ser visto como uma convenção geracional de características que, em uma determinada época, são consideradas enquanto uma estrutura de sentimento do trágico. Nesse sentido, buscaremos demonstrar que na obra de Beckett encontramos um sentir trágico que se expressa na existência esvaziada de qualquer sentido. Além de Raymond Williams, que alicerça o trabalho sobre o conceito de estrutura de sentimento e do trágico, bem como Terry Eagleton sobre este último, serve-nos também de aporte teórico filósofos contemporâneos a Beckett, como Albert Camus, no que diz respeito ao absurdo existencial.
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Referências
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