O vermelho como símbolo da materialidade humana em Augusto dos Anjos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10059994
Palavras-chave: Literatura brasileira, Poesia, Augusto dos Anjos, Semântica discursiva, Percurso gerativo de sentido

Resumo

O presente artigo tem por meta analisar o percurso gerativo de sentido na poesia de Augusto dos Anjos, mediante a teoria da semântica discursiva, através dos estudos de José Luiz Fiorin e Diana Barros. Nossa investigação diz respeito a perceber de que forma o percurso temático da finitude e materialidade humanas criam o efeito que passa do tema à figura, e desta à iconização, com a finalidade de produzir, através da análise do simbolismo da cor vermelha na obra de Augusto, a figuratização da carne e do sangue enquanto uma metáfora para a condição humana diante da morte. Desse modo, percebemos que Augusto manifesta o que seria uma subversão às ideologias simbolistas ao preferir o imanente à transcendência, ainda que se utilize da estética do Simbolismo para tecer a sua crítica. Além da semiótica discursiva, também trazemos alguns aportes da semiótica peirceana por meio de uma de suas maiores críticas no Brasil, Lúcia Santaella.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ayanne Larissa Almeida de Souza, Universidade Estadual da Paraíba

Doutora em Literatura pela Universidade Estadual da Paraíba. Atualmente é aluna de pós-doutorado em
Literatura pela mesma instituição. Professora da educação básica. Desenvolve pesquisa na área de teoria e crítica literárias, mitocrítica e imaginário, análise do discurso e semiótica discursiva, hermenêutica literária, dando ênfase à interface da literatura com a filosofia e a história.

Referências

AMORA, Antonio Soares. O Simbolismo. 6.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. São Paulo: Bertrand Brasil, 2004.

BARROS, Diana. Teoria do Discurso – Fundamentos Semióticos. 3.ed. São Paulo: Humanitas, 2001.

______________. Teoria Semiótica do Texto. São Paulo: Ática, 1990.

CADERMATORI, Lígia. O que é Simbolismo. São Paulo: Ática, 2002. Série Princípios.

FIORIN, José Luiz. Elementos de Análise do Discurso. 13.ed. São Paulo: Contexto, 2005.

________________. Em busca do Sentido – estudos discursivos. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2012.

KIERKEGAARD, Søren. O Desespero Humano (Doença até a morte). Tradução de Adolfo Casais Monteiro. Coleção Os Pensadores. Rio de Janeiro: Abril Cultural, 1979.

MAINGUENEAU, Dominique. Discurso literário. Tradução de Adail Sobral. São Paulo: Contexto, 2006.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos filosóficos. 4.ed. São Paulo: Pensamento, 1985.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra – Um livro para todos e para ninguém. Tradução de César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

PLATÃO. República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 9 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

SANTAELLA, Lucia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2005.

Downloads

Publicado em

1 de outubro de 2021

Como Citar

SOUZA, A. L. A. de. O vermelho como símbolo da materialidade humana em Augusto dos Anjos. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 10, n. 3, p. 221–237, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.10059994. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1946. Acesso em: 25 maio. 2024.

Seção

Artigos