O vermelho como símbolo da materialidade humana em Augusto dos Anjos
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10059994Resumo
O presente artigo tem por meta analisar o percurso gerativo de sentido na poesia de Augusto dos Anjos, mediante a teoria da semântica discursiva, através dos estudos de José Luiz Fiorin e Diana Barros. Nossa investigação diz respeito a perceber de que forma o percurso temático da finitude e materialidade humanas criam o efeito que passa do tema à figura, e desta à iconização, com a finalidade de produzir, através da análise do simbolismo da cor vermelha na obra de Augusto, a figuratização da carne e do sangue enquanto uma metáfora para a condição humana diante da morte. Desse modo, percebemos que Augusto manifesta o que seria uma subversão às ideologias simbolistas ao preferir o imanente à transcendência, ainda que se utilize da estética do Simbolismo para tecer a sua crítica. Além da semiótica discursiva, também trazemos alguns aportes da semiótica peirceana por meio de uma de suas maiores críticas no Brasil, Lúcia Santaella.
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