La intercomprensión entre lenguas románicas: un camino al desarrollo sociocultural
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.12786194Resumo
Actualmente, el importante flujo migratorio mundial (OIM, 2022) así como los intercambios interculturales derivados del contacto entre hablantes de diversas lenguas constituyen herramientas importantes para el desarrollo social y permiten establecer conexiones entre personas de diferentes países y culturas. Sin embargo, la dificultad de identificar métodos pedagógicos que favorezcan estos intercambios en el aula es un problema evidente. Por lo tanto, nos preguntamos: ¿la intercomprensión de las lenguas románicas podría favorecer los intercambios interculturales en un contexto exolingüe de aprendizaje? Miranda-Paulo (2018) señala que las estrechas relaciones entre lenguas y culturas representan una excelente fuente de conocimiento sociocultural y lingüístico, además de constituir precisamente una de las metas que se proponen los enfoques didácticos plurales. El objetivo general de este artículo consiste en identificar la Intercomprensión entre Lenguas Romances (IC) como una herramienta didáctica de promoción y desarrollo sociocultural que a su vez, contribuye en el perfeccionamiento lingüístico de los aprendices. Desde esta perspectiva, este artículo presenta los resultados parciales de una investigación[1] cuyo objetivo consistió en identificar las ventajas de utilizar el enfoque de la intercomprensión entre lenguas románicas como herramienta para facilitar los intercambios interculturales. Se trata de un estudio de carácter exploratorio y autoetnográfico (Santos, 2017), apoyado teóricamente en los trabajos de destacados investigadores del área, entre ellos Capucho (2010), Carola y Costa (2014) y Dautzenberg (2016). De este modo, las discusiones desarrolladas convergen en un análisis tridimensional de extractos de interacción de la investigadora (y autora de este trabajo) en el proyecto Romanofonia y Cinema 6. Por lo tanto, se concluye que el uso de este enfoque entre lenguas románicas puede contribuir en gran medida a mejorar las competencias socioculturales de las personas que lo utilizan.
[1] Este artículo está basado en el trabajo de investigación realizado para la tesina de pregrado del curso Lenguas Extranjeras Aplicadas a las Negociaciones Internacionales de la Universidad Federal de Paraíba.
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Referências
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