Por uma formação plurilíngue e intercultural no desenvolvimento integral da criança
Resumo
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v6i3.941
Há alguns anos, temos observado, dentro do contexto brasileiro, certa inquietação por parte de professores e demais profissionais da educação, sobretudo da educação infantil, quanto ao ensino da língua estrangeira para crianças (LEC). Evidentemente, que nesse locus, há crenças e constatações que, na sua grande maioria, apontam para a importância de a criança estudar uma LE desde a primeira infância. Lidar com essa questão constitui-se em uma significativa questão que instiga pesquisadores de áreas distintas, levando à formação plurilíngue desde a infância. Logo, neste artigo apresentamos argumentos e reflexões que dão base para uma discussão que vê na Intercompreensão de Línguas Românicas (ILR ou IC) um dos mais significativos procedimentos metodológicos para uma formação integral da criança em seus primeiros anos escolares. Portanto, entendemos que a IC constitui-se numa possibilidade real de favorecer reflexões para “l’éveil aux langues[1]”, pois contribui diretamente na promoção e ativação do repertório linguístico, estimulando o desenvolvimento da competência plurilíngue e pluricultural dos pequenos aprendizes de LE. Estas ponderações estão ancoradas em estudos sobre a aprendizagem de LE, nos primeiros anos da escola, sob a ótica de Gaonac’h (2006) e Vanthier (2009); sobretudo, quando esses estudos dão maior enfoque ao plurilinguismo (DE CARLO, 2011; GROUX, 2003). Assim, compreendendo que a ILR pode ser esse caminho para o plurilinguismo, (ESCUDÉ; JANIN, 2010; ALAS-MARTINS, 2014), identificamos na leitura literária um incondicional caminho para essas novas descobertas que só a obra literária pode incitar dada a sua polissemia, especialmente, para as trocas interculturais.
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