De Aristóteles à contemporaneidade:uma arquitetônica da beleza
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10058820Resumo
A temática da beleza, e em especial da beleza feminina, tem sido significada sob diferentes vertentes históricas e teóricas. Pari passu aos procedimentos de estética, cirúrgicos ou não, crescem também os debates acadêmicos sobre esse significante. Neste trabalho, propomos uma reflexão acerca do papel da memória bem como suas implicações no imagino do feminino da atualidade. A partir dos pressupostos teórico-analíticos da Análise do discurso de linha francesa (Pêcheux), tomamos uma histórico-discursiva para pensar os movimentos de deslizamentos / deslocamentos de “beleza” ao longo dos tempos, a fim de uma desnaturalização dos sentidos sobre esse significante, tendo em vista a historicidade a ele inerente.Trazemos, para tanto, o conceito de Arquitetônica, de Aristóteles, e desenvolvemos alguns gestos de interpretação acerca dos efeitos de sentidos sobre o feminino em expressões artísticas ao a partir de um recorte temporal que abarca a Antiguidade clássica, Renascimento e, então, século XX e, ainda, o ressoar desses sentidos na atualidade. Ao longo de nossas reflexões, consideramos o corpo enquanto lugar de memória que direciona sentidos e convocam os sujeitos contemporâneos a ocuparem os seus lugares pré-determinados ideologicamente na esfera social.
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