Literatura, memória e identidade: entrevista com Ondjaki
Resumen
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v9i3.1904
Sucedendo autores como Luandino Vieira, Manuel Rui e Pepetela, Ondjaki - pseudônimo de Ndalu de Almeida, nascido em 5 de julho de 1977, na cidade de Luanda, dois anos após a independência de Angola – é um autor de várias facetas que apresenta em toda a sua obra uma visão renovada de seu país de origem. Considerado um dos maiores representantes da Literatura angolana contemporânea, o jovem escritor, com narrativas em sua maioria ambientadas no período pós-independência, se insere no cenário da tradição literária retratando fatos do cotidiano luandense, utilizando um narrador que pode ser percebido como o seu alter-ego, de nome Ndalu, trazendo memórias de sua infância, representando indiretamente a memória coletiva do povo angolano. Como escritor já tem mais de 20 obras publicadas, dentre elas destacam-se os romances Bom dia camaradas (2001), AvóDezanove e o segredo do soviético (2008) – ganhadora do Prêmio Jabuti na categoria juvenil - e Os transparentes (2012); e o livro de narrativas Os da minha rua (2007), obra vencedora do Grande Prêmio de Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores. Nesta entrevista, realizada via e-mail, em meados de fevereiro de 2020, a partir de questionamentos em que elegem a memória como um fio condutor para a afirmação de uma identidade a partir da literatura, Ondjaki considera que o recurso mnemônico de seu projeto literário tem, sim, o espaço luandense como pano de fundo, mas ultrapassa essa particularidade, posto que a universalidade, inerente a produção literária, possibilita o leitor refletir acerca de questões humanas em suas diversas nuances: política, social, educativa e cultural.
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