Uma linguística de línguas orais e sinalizadas
Resumo
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v5i1.580
Discute-se a possibilidade de uma linguística que encare as duas modalidades de língua, orais e sinalizadas, de uma forma mais integrada, de modo que os possíveis efeitos de modalidade sejam vistos não como pontos de divergência, mas de convergência nas investigações sobre a linguagem humana. Argumenta-se ainda que tal posicionamento não enfraquece o estatuto da linguística das línguas de sinais, pelo contrário, reafirma a particularidade da área. Defende-se que atentar para as duas modalidades de línguas concomitantemente traz muitos mais ganhos, teóricos, descritivos e metodológicos, do que simplesmente haver pesquisas em áreas separadas para depois buscar-se uma integração de resultados de pesquisas. Nesse ponto, o conceito de “evidência convergente” em linguística surge como o fio embasador para a consolidação de uma linguística, grosso modo, bimodal. Para tanto, discutem-se as semelhanças e diferenças entre línguas orais e sinalizadas, como também os efeitos de modalidade, para então se fazer um posicionamento teórico e metodológico em relação às duas modalidades de línguas sem desconsiderar um pluralismo epistemológico.
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