As fronteiras entre a ficção e a realidade em Vivir para Contarla de Gabriel García Márquez
Résumé
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v4i1.403
Resumo: Muitos nomes têm sido dados, ao longo do tempo, à literatura produzida em primeira pessoa, cujo objetivo principal é contar a vida do próprio autor: escritas de si, literatura do “eu”, literatura memorialística, autobiografia ou autoficção. Na literatura latino-americana, as escritas de si estão presentes há séculos, empregadas por diversos escritores que se aventuraram a narrar suas histórias no descobrimento da América, no exílio, na ditadura e em outros momentos históricos do continente. No século XXI, Gabriel García Márquez ingressa nessa linhagem com sua autobiografia Vivir para contarla (2007), que representa um marco para entender a história do realismo mágico e conhecer as memórias do escritor. Neste artigo, nos propomos a analisar a autobiografia do escritor colombiano refletindo sobre as características do gênero, sobretudo com relação às tênues fronteiras da ficção e da realidade. Para tanto, nos fundamentamos nas contribuições teóricas de Gasparini (2014), Klinger (2007), Lejeune (2008), Noronha (2014), entre outros.
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