Estudo comparativo de dois glossários em traduções francesas de Vidas Secas e Grande Sertão: Veredas
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10729950Resumo
Nosso estudo busca investigar um item que vem há pouco ganhando interesse no campo dos Estudos de Tradução: o glossário. Embora possa encaixar-se na categoria mais ampla dos “paratextos” (GENETTE 2009), o glossário possui algumas especificidades próprias. Quando investigado em traduções, sua extensão e profundidade podem refletir escolhas do tradutor e da editora envolvidos no processo de publicação do livro. Propomos, assim, um breve estudo comparativo de glossários em duas traduções francesas de livros brasileiros. As traduções foram lançadas com duas décadas de distância, por editoras de diferentes público-alvo e abrangência comercial. Para facilitar a comparação, escolhemos obras que tratam de uma mesma sub-região: o sertão brasileiro – ou melhor, os sertões mineiro e alagoano – sendo estas obras: Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos e Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa. Buscamos, sobretudo, identificar possíveis escolhas dos tradutores Mathieu Dosse (2014) e Maryvonne Lapouge-Pettorelli (1991), e de seus editores, concernindo a elaboração dos glossários.
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