Rimas e jogos de palavras: uma tradução de O Potomak de Jean Cocteau
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10016065Resumo
O diálogo entre as culturas passa também pelo trabalho dos tradutores. A tradução literária, particularmente a de um romance híbrido como O Potomak de Jean Cocteau, suscita questões diversas. Escrito em 1913-1914, esse romance foi publicado na França em 1919 e teve de esperar cem anos para ser traduzido para a língua portuguesa, embora não estivesse ausente das bibliotecas particulares dos modernistas brasileiros como Mário de Andrade. Neste artigo, nós nos propomos analisar alguns aspectos dessa obra, privilegiando um dos poemas incrustados na narrativa, por meio do qual podemos refletir sobre as soluções que encontramos, enquanto tradutor, para as rimas e os jogos de palavras, sabendo que a tradução é, também, um trabalho criativo. Para tanto, nos reportamos a Haroldo de Campos (1992), Michel Ballard (1998) e Paulo Henriques Britto (2012), entre outros teóricos, e esperamos apresentar reflexões que poderão contribuir para as pesquisas desenvolvidas na área dos Estudos da tradução, bem como no campo dos estudos de recepção da literatura francesa no Brasil
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