“Meu corpo é meu lugar de fala”: entrevista com Lubi Prates
Resumen
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v1i9.1717
É na condição de mulher negra e de escritora, que a poeta Lubi Prates tem participado de viagens e festivais, trazendo, principalmente, a questão racial à luz do cenário nacional. Mediou em 2019, o Clube de Leitura Antirracista e organizou o ciclo de diálogos ‘Poesia Insubmissa’, e o ciclo de debates ‘O negro como narrador’, tudo para que vozes negras fossem erguidas no papel central de suas narrativas, assumindo assim, uma subjetividade singular, daqueles que falam por si e com isso repudiam os estereótipos negativos repetidos cotidianamente. A potência de seu trabalho também é vista em sua obra ‘um corpo negro’ (2018, traduzida para o inglês, espanhol e francês), que foi indicada para o 61⁰ Prêmio Jabuti e a 4ª edição do Prêmio Rio de Literatura. Sua plaquete ‘permanece,’ (2018) foi republicada em 2019 e contemplou a lista dos melhores livros do ano, ao resgatar a experiência do amor entre pessoas negras, roubado no período de escravização. E ainda, entrecruzando suas escrevivências com outras poetas negras reuniu na antologia “Nossos poemas conjuram e gritam” (2019) sete nomes fortes da atualidade: Conceição Evaristo, Esmeralda Ribeiro, Neide Almeida, Nina Rizzi, Jarid Arraes, Natasha Felix e Lívia Natália, num belo trabalho de “contranarrativas”, que exalta a força literária daquelas que brilham e lutam em prol de raça, classe e gênero.
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