A construção discursiva do corpo feminino na representação literária de donzela-guerreira

Autores

  • Milena Santos de JESUS Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Sandra Maria Pereira do SACRAMENTO Universidade Estadual de Santa Cruz
Palavras-chave: Literatura, Gênero, Corpo, Discurso

Resumo

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v3i1.225

O presente artigo tem como objetivo analisar a construção discursiva do corpo feminino na representação literária de donzela-guerreira, e como esse corrobora para a desnaturalização do sexo e para a ruptura dos padrões de gênero. Dessa maneira, observamos a presença da donzela na tradição ocidental, passando pela literatura brasileira até sua aparição nos romances Luzia-Homem (1903), de Domingos Olímpio; Dona Guidinha do Poço (1965), de Manuel Paiva, Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa e Memorial de Maria Moura, de 1992, de Raquel de Queiroz. A donzela-guerreira integra a literatura, as civilizações, as culturas, a história e a mitologia. Desse modo, a representação dessa mulher marca o imaginário de diversificadas culturas e possibilita repensamos os papéis da mulher em distintos momentos históricos. Buscamos compreender o corpo da donzela como elemento performativo para a construção de uma identidade feminina que dialoga com o masculino, assimilando seu discurso hegemônico para burlá-lo. A compreensão de performatividade aqui adotada é trazida por Butler (2008). Assim, as contribuições da autora são pertinentes, já que considera que o masculino e feminino não são categorias possuídas de antemão, mas efeitos que produzimos por meio da realização de ações específicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado em

22 de outubro de 2023

Como Citar

JESUS, M. S. de .; SACRAMENTO, S. M. P. do . A construção discursiva do corpo feminino na representação literária de donzela-guerreira. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 3, n. 1, p. 6–24, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1836. Acesso em: 10 maio. 2024.

Seção

Dossiê Análise do Discurso