Heterogeneidade narrativa em “A gente combinamos de não morrer", de Conceição Evaristo
Resumo
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v9i4.1663
O presente artigo apresenta uma leitura crítico-reflexiva, pelo viés da literatura e da psicanálise do conto “A gente combinamos de não morrer”, do livro “Olhos d’água” (2016), de Conceição Evaristo. Buscamos destacar as configurações dos narradores, a heterogeneidade da narrativa, a presença da morte que permeia todo o conto, a escrita como uma maneira de simbolizar o que se encontra no inconsciente do sujeito e o uso de uma linguagem poética em meio ao ambiente de violência. Nesse conto, abordamos questões de violência e do medo da morte, que estão entre as tensões vivenciadas pelos moradores da favela. Para tanto, utilizamos como fundamentação teórica textos de Conceição Evaristo (2016, [2014]), Gancho (2004), Dalcastagnè (2012) e Lacan (1998, [1964]). Evaristo, em seu conto, dá voz aos excluídos sociais, como favelados, meninos e meninas de rua, mendigos, desempregados, beberrões e prostitutas, utilizando uma linguagem cotidiana e heterogênea, mas também poética, transpondo, assim, para a literatura diferentes contextos de violência a que estão submetidos as/os personagens.
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Referências
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