Gender violence in tales of Olhos D’água, by Conceição Evaristo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10274092
Palavras-chave: Violence, Gender violence, Olhos D´água, Conceição Evaristo

Resumo

Brazil was constituted as a nation through a violent process of domination of the Other - the indigenous people, the enslaved black, the women. Thus, women, in general, throughout history, have always suffered from different types of violence due to the male domination, in Brazilian patriarchal society, since the beginning of colonization. In particular, enslaved black women suffered all kinds of rape. This violation of women’s body and culture perpetuates itself, over the centuries and decades, so that our society is markedly violent, although this violence is naturalized and even denied. Structural violence prevents different social classes and ethnic groups from having a voice and reaching better levels of quality of life. This issue is addressed by the literature, which, through fictionality, exposes and problematizes it. In this perspective, this article aims to analyze a portrait of gender violence in tales from the work “Olhos d'Água”, by Conceição Evaristo, since the author focuses on black women in her literary productions, aiming to raise awareness and give visibility to these subjects in contemporary society. To achieve this purpose, studies of Pierre Bourdieu (2010), Lilia Schwarcz e Heloísa Starling (2015), Regina Dalcastagnè e Maria Leal (2010), Eloísa Celmer (2010).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marinês Andrea Kunz, Feevale University

PhD in Linguistics and Letters from PUC-RS (2004). She was Director of the Institute of Human Sciences, Letters and Arts (2016-2017) and coordinator of the Letters course (2006-2010), at Feevale University,
where she is a full professor.

Sabrina Susiélen Corrêa, Feevale University

Graduated in Languages - Portuguese / English from Feevale University. Currently she is a student of the Lato Sensu postgraduate course in Portuguese, English and Literature teaching methodology at FAVENI. She works as an English and Portuguese teacher in the State Government of Rio Grande do Sul and she is part of a research group as a scholarship holder for improvement in the area of literature.

Ernani Mügge, Feevale University

He holds a PhD in Brazilian, Portuguese and Luso-African Literature from the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). He is currently a professor and researcher at the Feevale University, working at PPG in Cultural Processes and Manifestations and in the Professional Master's in Letters.

Referências

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 4. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul; São Paulo: Duas Cidades, 2004.

CELMER Elisa Girotti. Violências contra a mulher baseada no gênero, ou a tentativa de nomear o inominável. In: ALMEIDA, Maria da Graça Blaya. A violência na sociedade contemporânea. Porto Alegre: Editora Universitária PUCRS, 2010.

DALCASTAGNÈ, Regina; LEAL, Vasconcelos Maria Virgínia. Deslocamentos de gênero na narrativa brasileira contemporânea. São Paulo: Ed. Horizonte, 2010.

DUARTE, Constância Lima. Gênero e violência na literatura afro-brasileira. In: Duarte, Constância Lima et al. (2010). Falas do outro: literatura, gênero, identidade, Belo Horizonte, Nandyala.

ENGEL, Cíntia Liara. As atualizações e a persistência da cultura do estupro no Brasil 2017 Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. - Brasília: Rio de Janeiro: Ipea, 1990.

EVARISTO, Conceição. Dos sorrisos, dos silêncios e das falas. In: SCHNEIDER, Liane; MACHADO, Charliton (Orgs.). Mulheres no Brasil: Resistência, lutas e conquistas. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009.

EVARISTO, Conceição. Olhos d’ Água. 1ª ed. Rio de Janeiro: Pallas Biblioteca Nacional, 2016.

EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza; SCHNEIDER, Liane (Orgs.). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade, diáspora. João Pessoa: Ideia: Editora Universitária da UFPB, 2005, p. 201 - 212.

FILHO, M. J. A família como espaço privilegiado para a construção da cidadania. Franca: 1998. 295p. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Faculdade de História, Direito e Serviço Social. UNESP. Acesso em 14 jun.2019.

GOMES, Carlos Magno. Marcas da violência contra a mulher na literatura. Revista Diadorim, UFRJ, Rio de Janeiro. Volume 13, Jul. 2013. Disponível em: Acesso em: 13 jun. 2019.

GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. 2012. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2017/03/Alguns-termos-e-conceitos-presentes-no-debate-sobre-Rela%C3%A7%C3%B5es-Raciais-no-Brasil-uma-breve-discuss%C3%A3o.pdf. Acesso em: 12 mai. 2019.

KUNZ, Marinês Andrea. Literatura e sociedade brasileira: Quincas Borba e o Humanitismo. In: SARAIVA, Juracy A.; ZILBERMAN, Regina. (Org.) Machado de Assis. Intérprete da sociedade brasileira. Porto Alegre: Zouk, 2020.

LAPA, Fabiana. A literatura das mulheres negras: A escrita como ferramenta de resistência e expressão. Disponível em: http://obviousmag.org/fabiana_lapa/2017/a-literatura-das-mulheres-negras-a-escrita-como-ferramenta-de-resistencia-e-expressao.html Acesso em: 09 Out. 2020.

LEAL, Vasconcelos Maria Virgínia. O gênero em construção nos romances de cinco escritoras brasileiras contemporâneas. In: DALCASTAGNÈ, Regina; LEAL, Vasconcelos Maria Virgínia. Deslocamentos de gênero na narrativa brasileira contemporânea. São Paulo: Ed. Horizonte, 2010.

LITERAFRO. O portal da literatura afro-brasileira. Conceição Evaristo. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/188. Acesso em: 30 abril. 2019.

NASSIF, Luís. A vida e a obra de Conceição Evaristo. Cultura. GGN - O Jornal de todos os Brasis. 11-07-2016. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2019.

OLIVEIRA, Luiz Henrique Silva de. “Escrevivência” em Becos da memória, de Conceição Evaristo. Estudos Feministas, Florianópolis, 17(2): 344, maio-agosto/2009, p. 621-623. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104026X2009000200019. Acesso em: 12 jun. 2019.

PEREIRA, Amauri Mendes. Trajetória e Perspectivas do Movimento Negro Brasileiro. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.

PEREIRA, Lúcia Regina Brito. A visibilidade da violência e a violência da invisibilidade sobre o negro no Brasil. In: ALMEIDA, Maria da Graça Blaya. A violência na sociedade contemporânea. Porto Alegre: Editora Universitária PUCRS, 2010.

SHARPE, Peggy. Entre resistir e identificar-se – para uma teoria da prática da narrativa brasileira de autoria feminina. Florianópolis, SC: Editora Mulheres, 1997.

SHOWALTER, Elaine (1994). A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Tradução de Deise Amaral. Rio de Janeiro: Rocco, p. 23-57.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

SOUZA, Claudenir de. Mulheres negras contam sua história. Brasília: Presidência da República, Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2013. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/202158795/Mulheres-negras-contam-sua-historia. Acesso em: 30 maio 2020.

TEIXEIRA, Níncia Cecília Ribas Borges. Escrita de mulheres e a (des)construção do cânone literário na pós-modernidade: cenas paranaenses. Guarapuava, PR: Unicentro, 2008.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência homicídio de mulheres no Brasil. 1ª ed. Brasília: Flacso Brasil, 2015.

ZAPATER, Maíra; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Manual de Direitos da Mulher. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.

Downloads

Publicado em

31 de janeiro de 2021

Como Citar

KUNZ, M. A.; CORRÊA, S. S.; MÜGGE, E. Gender violence in tales of Olhos D’água, by Conceição Evaristo. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 10, n. 1, p. 10–33, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.10274092. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/2084. Acesso em: 1 maio. 2024.

Seção

Artigos