"Guys, we have a genius here”: the co-construction of linguistic-discursive violence in an interaction on Twitter

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.8174631
Palavras-chave: Impoliteness, Argumentation, Linguistic-discursive violence, Online-mediated interaction, Netnography

Resumo

In this work, we aim to analyze how two internet users, based on a post by the Ministry of Health on their Twitter profile, use, in their argumentation, impoliteness strategies to promote mutual linguistic-discursive violence. In the theoretical framework, we articulate the studies of (im)politeness, inscribed in micro/linguistic, macro/sociodiscursive and meso/sociointeractional domains, and the studies of argumentation, focusing on eristic argumentation, considering its intrinsic relationship with linguistic-discursive violence. In the methodological framework, we chose to conduct a netnographic study, inscribed in an exclusively qualitative episteme. We selected and analyzed texts related to an online-mediated interaction on Twitter that had a conflicting character and that discussed hydroxychloroquine as an early treatment strategy in the fight against COVID-19. In the analytical framework, we emphasize that, in general, impoliteness became gradually more intense between the internet users, establishing an eristic argumentation, permeated by ad hominem and ad personam arguments, in the co-construction of metapragmatics of linguistic-discursive violence. We believe that it is beneficial for institutional profiles to institute policies to moderate such interlocutions, encouraging constructive and aggregating dialogues.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Albuquerque, Universidade de Brasília

É professor adjunto II no Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (LIP) da Universidade de Brasília, credenciado ao Programa de Pós-graduação em Linguística (PPGL) da mesma instituição.

Ana Luiza Nogueira Sousa, Universidade de Brasília

Possui graduação em Comunicação Social - Jornalismo pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (2017). Graduanda em ABI - Letras - Português - Licenciatura pela Universidade de Brasília.

Referências

ALBUQUERQUE, R.; SEARA, I. R.; SANTOS, L. W.; TOMAZI, M. M. Argumentação e impolidez: o post nas instâncias da interação. (Con)Textos Linguísticos, v. 15, n. 31, p. 66-84, 2021.

ANGROSINO, M. Etnografia e Observação Participante. Tradução de José Fonseca. Porto Alegre: Artmed, 2009.

AZEVEDO, I. C. M.; GONÇALVES-SEGUNDO, P. R.; PIRIS, E. L. Argumentação erística nas interações digitais: uma polêmica médica sobre a cloroquina no Debate 360 da CNN Brasil. Rev. Estud. Ling., v. 29, n. 4, p. 2289-2333, 2021.

BENJAMIN, J. Eristic, Dialectic, and Rhetoric. Communication Quartely, v. 31, n. 1, p. 21-26, 1983.

BLITVICH, P. G-C.; SIFIANOU, M. Im/politeness and discursive pragmatics. Journal of Pragmatics, v. 145, p. 91-101, 2019. BRANDÃO, L. V. M. Uma análise sociodiscursiva do sufixo –inho em materiais didáticos: uma contribuição para a constituição de sentidos no ensino de português para estrangeiros. 2010. 124f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

BROWN, P.; LEVINSON, S. Politeness: some universals in language usage. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

CABRAL, A. L. T. Violência verbal e argumentação nas redes sociais: comentários no Facebook. Calidoscópio, v. 17, n. 3, 416-432, 2019.

CASTILHO, A. T. Nova Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2012.

CHARAUDEAU, P. Linguagem e discurso: modos de organização. Tradução coordenada por Ângela M. S. Correa e Ida Lúcia Machado. São Paulo: Contexto, 2008.

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

CHIZZOTTI, A. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação, v. 16, n. 2, p. 221-236, 2003.

CULPEPER, J. Towards an anatomy of impoliteness. Journal of Pragmatics, v. 25, p. 349-67, 1996.

CULPEPER, J. Politeness and impoliteness. In: AJIMER, K.; ANDERSEN, G. (Eds.). Pragmatics of Society. Berlin: Mouton de Gruyter, 2011. p. 393-438.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Collecting and interpreting qualitative materials. 4th ed. Thousand Oaks, CA: Sage, 2013.

EELEN, G. A Critique of Politeness Theories. Manchester: St. Jerome, 2001.

FIORIN, J. L. Argumentação. São Paulo: Contexto, 2015.

GOFFMAN, E. Interaction Ritual: essays on face-to-face behavior. UK: Penguin University Books, 1967. GRAHAM, S. L.; HARDAKER, C. (Im)politeness in Digital Communication. In: CULPEPER, J.; HAUGH, M.; KÁDÁR, D. Z. (Eds.). The Palgrave Handbook of Linguistic (Im)politeness. London: Palgrave Macmillan, 2017. p. 785-814

GRAINGER, K. ‘First order’ and ‘second order’ politeness: Institutional and intercultural contexts. In: LINGUISTIC POLITENESS RESEARCH GROUP (Org.). Discursive approaches to politeness. Walter de Gruyter: Berlin/Boston, 2011. p. 167-188.

HAUGH, M. The discursive challenge to politeness research: An interactional alternative. Journal of Politeness Research, v. 3, n. 2, p. 295-317, 2007.

HAUGH, M.; CULPEPER, J. Integrative pragmatics and (im)politeness theory. In: ILIE, C.; NORRICK, N. R. (Eds.). Pragmatics and its Interfaces. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2018. p. 213-239.

KÁDÁR, D. Z.; HAUGH, M. Understanding Politeness. UK: Cambridge University Press, 2013.

KERBRAT-ORECCHIONI, C. ¿Es universal la cortesía? In: BRAVO, D.; BRIZ, A. (Eds.). Pragmática sociocultural: estudios sobre el discurso de cortesía en español. Barcelona: Ariel, 2004.

KERBRAT-ORECCHIONI, C. Abordagem intercultural da polidez linguística: problemas teóricos e estudos de caso. In: CABRAL, A. L. T.; SEARA, I. R.; GUARANHA, M. F. (Orgs.). Descortesia e cortesia: expressão de culturas. São Paulo: Cortez, 2017.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2016.

KOZINETS, R. V. Netnography: Doing ethnographic research online. London: Sage Publications, 2010.

KOZINETS, R. V. Netnografia: realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.

KOZINETS, R. V. Netnography Today: A Call to Envolve, Embrace, Energize, and Electrify. In: KOZINETS, R. V.; GAMBETTI, R. (Eds.). Netnography Unlimited: Understanding Technoculture Using Qualitative Social Media Research. New York/London: Routledge, 2021.

LAKOFF, R. T. The logic of politeness; or, minding your p’s and q’s. In: CORUM, C. et al. (Eds.). Papers from the Ninth Regional Meeting of the Chicago Linguistic Society, p. 292-305, 1973.

LEECH, G. Principles of Pragmatics. London: Longman, 1983.

MASON, J. Qualitative Researching. 2nd ed. London, Thousand Oaks & New Delhi: SAGE, 2002.

MERRIAM, S. B.; TISDELL, E. J. Qualitative Research: A Guide to Design and Implementation. 4th ed. San Francisco: Jossey-Bass, 2016.

MILLS, S. Gender and Politeness. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

MOREIRA, V. L.; ROMÃO, L. M. S. O discurso no Twitter, efeitos de extermínio em rede. Revista Rua, v. 2, n. 17, p. 77-97, 2011.

MYERS, G. The Discourse of Blogs and Wikis. New York: Continuum Press, 2010.

PINTO, J. P. É só mimimi? Disputas metapragmáticas em espaços públicos online. Interdisciplinar, v. 31, p. 221-236, 2019.

PLANTIN, C. La argumentación. Tradução de Amparo Tusón Valls. Barcelona: Ariel, 1998 [1996].

PLANTIN, C. A argumentação: história, teorias, perspectivas. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2008.

PRIMO, A. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E-Compós, v. 9, p. 1-21, 2007.

SANTANA, M. B.; SOUZA, C. G. B. Uso das redes sociais por órgãos públicos no Brasil e possibilidades de contribuição do monitoramento para gestão. Revista Gestão.Org, v. 15, p. 631-639, 2017.

SEARA, I. R. Ligações vertiginosas: violência verbal em ‘comentários’ nas redes sociais. Calidoscópio, v. 19, n. 3, p. 385-397, 2021.

SIGNORINI, I. Metapragmáticas da língua em uso: unidades e níveis de análise. In: SIGNORINI, I. (Org.). Situar a lingua[gem]. São Paulo: Parábola, 2008.

SILVERSTEIN, M. Language Structure and Linguistic Ideology. In: CLYNE, P. R.; HANKS, W. F.; HOFBAUER, C. L. (Org.). The Elements: a parasession on linguistic units and levels. Chicago: Chicago Linguistic Society, p. 193-247, 1979.

SILVERSTEIN, M.; URBAN, G. Natural Histories of Discourse. Chicago: University of Chicago Press, 1996.

THOMPSON, J. B. A interação mediada na era digital. Matriz, v. 12, n. 13, p. 17-44, 2018.

TWITTER. Ministério da Saúde. 2020.

VILLEGAS, D. Political Netnography: A Method for Studying Power and Ideology in Social Media. In: KOZINETS, R. V.; GAMBETTI, R. (Eds.). Netnography Unlimited: Understanding Technoculture Using Qualitative Social Media Research. New York/London: Routledge, 2021.

WALTON, D. The New Dialectic: Conversational Contexts of Argument. Toronto: University of Toronto Press, 1998.

WATTS, R. J. Politeness. Cambridge: Cambridge University Press, 2009 [2003].

Downloads

Publicado em

12 de outubro de 2022

Como Citar

ALBUQUERQUE, R.; SOUSA, A. L. N. "Guys, we have a genius here”: the co-construction of linguistic-discursive violence in an interaction on Twitter. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 11, n. 3, p. 376–405, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.8174631. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/898. Acesso em: 14 nov. 2024.

Seção

Artigos