O lugar da política linguística na formação inicial de professores de alemão
Abstract
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v8i3.1467
O artigo tem por objetivo investigar a importância da dimensão política na formação inicial de professores de línguas. Nesse intuito, apresentaremos, inicialmente, alguns modelos de competências necessárias ao ofício do professor na área (ALMEIDA FILHO, 2005; NEWBY et al., 2007; SCHART e LEGUTKE, 2012; KUMARAVADIVELU, 2012; ENDE et al., 2013) a fim de examinar a relevância que os autores atribuem a questões da política linguística. Argumentaremos em seguida, com base em Christ (1992), que a dimensão política não pode ser considerada um aspecto secundário do ensino de línguas, mas, ao contrário, deve ser vista como um elemento basilar que determina e estrutura as condições em que o ensino se dá em um dado contexto. Defenderemos, por esse motivo, que a política linguística precisa ser abordada já na formação inicial dos professores. Com base no exemplo do ensino de alemão no Brasil, pretendemos mostrar no final como o impacto da dimensão política no ensino de línguas ficou mais patente na conjuntura atual da globalização.
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