Políticas linguísticas para o (não) ensino da língua de imigração
Resumo
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v6i2.781
Este artigo tem como propósito abordar as políticas linguísticas de um município situado no Oeste do Paraná a fim de debater os motivos pelos quais o planejamento linguístico do Estado não ter dado resultados positivos na comunidade com o ensino de língua alemã, a língua de imigração da localidade. Para tanto, a pesquisa tem como abordagem a Sociolinguística, com atenção voltada a contextos de minorias linguísticas. A metodologia de pesquisa parte de uma perspectiva interpretativista a partir de dados levantados em documentos e entrevistas, durante a Tese de Doutoramento (AUTOR, 2015). Os resultados apontam que a falta de políticas linguísticas locais voltadas ao ensino de alemão, ao longo da história do município, tem contribuído para o enfraquecimento da língua de imigração, que nunca esteve presente na grade curricular das escolas municipais, embora existam outras práticas culturais germânicas. No caso das políticas existentes, por intermédio do Estado, nos cursos universitário e CELEM, vários fatores influenciam diretamente para a não permanência de alunos neles, evidenciando a necessidade de um trabalho intenso voltado à diversidade linguística e cultural regional que minimize o conflito diglóssico e promova o fortalecimento do bilinguismo na sociedade, sempre com a contrapartida da comunidade.
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