O lugar da política linguística na formação inicial de professores de alemão

Autores/as

  • Dörthe Uphoff Universidade de São Paulo – USP
Palabras clave: Formação inicial de professores, Alemão como língua estrangeira, Competências, Política linguística

Resumen

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v8i3.1467

O artigo tem por objetivo investigar a importância da dimensão política na formação inicial de professores de línguas. Nesse intuito, apresentaremos, inicialmente, alguns modelos de competências necessárias ao ofício do professor na área (ALMEIDA FILHO, 2005; NEWBY et al., 2007; SCHART e LEGUTKE, 2012; KUMARAVADIVELU, 2012; ENDE et al., 2013) a fim de examinar a relevância que os autores atribuem a questões da política linguística. Argumentaremos em seguida, com base em Christ (1992), que a dimensão política não pode ser considerada um aspecto secundário do ensino de línguas, mas, ao contrário, deve ser vista como um elemento basilar que determina e estrutura as condições em que o ensino se dá em um dado contexto. Defenderemos, por esse motivo, que a política linguística precisa ser abordada já na formação inicial dos professores. Com base no exemplo do ensino de alemão no Brasil, pretendemos mostrar no final como o impacto da dimensão política no ensino de línguas ficou mais patente na conjuntura atual da globalização.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Dörthe Uphoff, Universidade de São Paulo – USP

Professora Doutora, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, SP, Brasil

Citas

ALMEIDA FILHO, J. C. P. O ensino de línguas no Brasil desde 1978: e agora? In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. Linguística aplicada, ensino de línguas & comunicação. Campinas: Pontes, 2005, p. 89-101.

AUGSPURGER, H. J. Möglichkeiten der Werbung für DaF-Unterricht. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE ALEMÃO, 2. 19-23/07/1991, São Leopoldo. Anais... São Leopoldo: Unisinos, 1993, p. 136-137.

AUSWÄRTIGES AMT. Deutsch als Fremdsprache weltweit. Datenerhebung 2015. Berlin: Bonifatius, 2015. Disponível em: [https://www.goethe.de/resources/files/pdf37/Bro_ Deutschlernerhebung_final2. pdf]. Acesso em: 19/04/2019.

BRASIL. Lei nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm]. Acesso em: 15/06/2019.

CHRIST, H. Sprachenpolitik als Bedingung der Möglichkeit des Fremdsprachenunterrichts. In: BAUSCH, H. R.; CHRIST, H.; KRUMM, H. J. (Org.). Fremdsprachenunterricht und Sprachenpolitik als Gegenstand der Forschung. Bochum: Brockmeyer, 1992, p. 55-61.

CONSELHO DA EUROPA. Quadro europeu comum de referência para línguas: aprendizagem, ensino, avaliação. Porto: Edições ASA, 2001.

CONSOLO, D. A.; PORTO, C. F. C. Competências do professor no processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Horizontes de Linguística Aplicada, Brasília, v. 10, n. 2, p. 65-86, 2011.

ENDE, K.; MOHR, I. (Org.). Glossar: Fachbegriffe für DaF-Lehrkräfte. München: Klett-Langenscheidt, 2015.

ENDE, K.; GROTJAHN, R.; KLEPPIN, K.; MOHR, I. (Org.). Curriculare Vorgaben und Unterrichtsplanung. München: Klett-Langenscheidt, 2013.

KRAMSCH, C. Teaching foreign languages in an era of globalization: introduction. The Modern Language Journal, v. 98, n. 1, p. 296-311, 2014.

KRUMM, H. J. Sprachenpolitische, bildungspolitische und gesellschaftliche Rahmenbedingungen. In: BURWITZ-MELZER, E.; MEHLHORN, G.; RIEMER, C.; BAUSCH, K. R.; KRUMM, H. J. (Org.). Handbuch Fremdsprachenunterricht. 6., völlig überarbeitete und erweiterte Auflage. Tübingen: Francke, 2016, p. 45-51.

KRUMM, H. J.; RIEMER, C. Ausbildung von Lehrkräften für Deutsch als Fremdsprache und Deutsch als Zweitsprache. In: KRUMM, H. J.; FANDRYCH, C.; HUFEISEN, B.; RIEMER, C. (Org.). Deutsch als Fremd- und Zweitsprache. Ein internationales Handbuch, v. 2. Berlin/New York: de Gruyter, 2010, p. 1340-1351.

KUMARAVADIVELU, B. Language teacher education for a global society: a modular model for knowing, analyzing, recognizing, doing, and seeing. New York: Routledge, 2012.

KUMARAVADIVELU, B. Understanding language teaching: from method to post-method. New York: Routledge, 2006.

KUMARAVADIVELU, B. Beyond methods: macrostrategies for language teaching. New Have: Yale University Press, 2003.

NEWBY, D.; ALLAN, R.; FENNER, A. B.; JONES, B.; KOMOROWSKA, H.; SOGHIKYAN, K. EPOSA - Europäisches Portfolio für Sprachlehrende in Ausbildung: ein Instrument zur Reflexion, 2007. Disponível em: [https://archive.ecml.at/mtp2/publications/C3_Epostl_D_internet.pdf]. Acesso em: 15/06/2019.

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

PRABHU, N. S. There is no best method – why? TESOL Quarterly, v. 24, n. 2, p. 161-176, 1990.

RAJAGOPALAN, K. Política linguística: do que é que se trata, afinal? In: NICOLAIDES, C.; SILVA, K. A.; TILIO, R.; ROCHA, C. H. (Org.). Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes, 2013, p. 19-42.

SCHART, M.; LEGUTKE, M. Lehrkompetenz und Unterrichtsgestaltung. München: Klett-Langenscheidt, 2012.

THÜRMANN, Eike. Globalisierung und Standardisierung in ihrer Auswirkung auf das Lernen und Lehren von Sprachen. In: BURWITZ-MELZER, E.; MEHLHORN, G.; RIEMER, C.; BAUSCH, K. R.; KRUMM, H. J. (Org.). Handbuch Fremdsprachenunterricht. 6., völlig überarbeitete und erweiterte Auflage. Tübingen: Francke, 2016, p. 51-55.

UPHOFF, D. O lugar da criticidade na formação inicial de professores de alemão. In: FERRAZ, D. M.; KAWACHI-FURLAN, C. L. (Org.). Educação linguística em línguas estrangeiras. Campinas: Pontes, 2018, p. 231-247.

UPHOFF, D. A política linguística nos Congressos Brasileiros de Professores de Alemão (1989-2015). In: UPHOFF, D.; FISCHER, E.; AZENHA, J.; PEREZ. J. P. (Org.). 75 anos de alemão na USP: reflexões sobre uma germanística brasileira. São Paulo: Humanitas, 2015, p. 275-295.

ZENTRALSTELLE FÜR DAS AUSLANDSSCHULWESEN [ZfA]. Rahmenplan Deutsch als Fremdsprache für das Auslandsschulwesen. Köln: Bundesverwaltungsamt, 2009.

Publicado

octubre 10, 2023

Cómo citar

UPHOFF, D. . O lugar da política linguística na formação inicial de professores de alemão. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 8, n. 3, p. Port. 112–130 / Eng. 110, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1430. Acesso em: 25 may. 2024.

Sección

A formação de professores de línguas na contemporaneidade: cenários, desafios e possibilidades