Uma homicida chamada esperança
Palavras-chave:
Sor Juana; Esperanza; Emancipação; Poesia; BarrocoResumo
Sor Juana Inés de la Cruz foi uma monja, poeta e dramaturga mexicana barroca. Sua obra vai além do brilho artístico de uma lírica refinada para invadir o campo da crítica e análise sociais da condição humana, em especial a situação da mulher, em uma realidade de opressão patriarcal e eclesiástica. Sua maior conquista foi obter, ``a custa de industriosa articulação política, um espaço particular de enunciação, sob a proteção do poder civil constituído de sucessivos vice-reis e vice-rainhas, contra o imperialismo católico que a perseguiu por toda sua vida adulta. O "Soneto 151" (Diuturna enfermedad de la Esperanza,) é um grito de desafio à autoridade dos príncipes da igreja da época, já que a abordagem ácida de seu tema, a esperança, pilar da fé humana, contraria dogmas e regras que a ferro e fogo eram impostos dentro dos conventos do período. Trata-se de um minitratado de emancipação intelectual, em detrimento dos grilhões com os quais o fanatismo cegava (e cega) a maior parte da população do México colonial (e atual).
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Referências
JUANA INÉS DE LA CRUZ, Sor. Obras Completas, ed., pról. Francisco Monterde. México: Editorial Porrúa, 1999.
NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano (Tradução, notas e posfácio: Paulo /César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, e-book, 2005.
PAZ, Octavio. Sor Juana Inés de la Cruz o las trampas de la fe. México: Fondo de Cultura Económica, 1999.
SCHONS, Dorothy Some obscure points in the life of Sor Juana Inés de la Cruz, Modern Philology, vol. 24, New York: Oxford Press, 1926.
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