Poemas assombrados: um viés na poesia infantil brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10061310Resumo
A aproximação da criança com a poesia se dá, na infância, de diferentes modos: cantigas, parlendas, adivinhas, brincos e outras manifestações advindas da poesia oral. A continuidade desta experiência deveria ser estimulada pela escola, favorecendo o contato das crianças com as mais diversas manifestações da poesia infantil, que cultivam a musicalidade, a fantasia, a recriação de jogos, brincadeiras, dúvidas e outras experiências (BORDINI, 1986). Neste artigo temos como objetivo analisar alguns poemas a obra Chá de sumiço e outros poemas assombrados, do poeta paraibano André Ricardo Aguiar (2013). A obra é composta por 25 poemas lúdicos, curtos e bem humorados, que abordam personagens da nossa tradição folclórica em situações de assombração. O autor retrata problemas da nossa realidade humana, personificando os monstros, além disso, os representa a partir de uma perspectiva ora questionadora, ora inovadora. Uma questão que tentaremos explicitar é o modo como o poeta retoma e reinventa certos personagens e refletir sobre a adequação ao leitor infantil. Teoricamente, para fundamentarmos nosso trabalho, recorremos às reflexões de Bordini (1986), Cascudo (2002), Goldstein (1997) e Aguiar e Ceccantini (2012).
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