Bom-crioulo de Adolfo Caminha: particularidades de una representación naturalista del homoerotismo y de su acogida literaria
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10439499Resumo
Este texto analiza la recepción al romance naturalista Bom-crioulo del escritor cearense Adolfo Caminha y las diversas lecturas que la obra tiene presentado desde su publicación. Hace más de cien años. He buscado comprender como la representación que la narrativa hace del homoerotismo fue decisivo para evocar el interés del público, a la vez que ha causado la condena de parte de la crítica, tanto contemporánea cuanto siguiente. Publicada en 1895, la narrativa sucede en la Monarquía y relata el romance entre dos marineros, un esclavo fugitivo y un joven adolescente blanco. En una representación de los valores naturalistas que he interpretado como ambigua, la narrativa alterna momentos de asco a la relación, sobrecargados por el discurso científico de la época, con representaciones tomadas por varios críticos como empáticas con relación al protagonista. En este artículo, hemos concluido que esa ambigüedad fue responsable tanto por el interés del público de la época como por la persecución y rechazo a la obra que se ha extendido por décadas.
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