Os retratos de mulher em Chanson douce e o pivoteamento entre a Grande mãe e a Malvada: as dores e os doces de ser e não ser mãe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10183026
Palavras-chave: Leitura literária, Retratos de mulheres, Chanson douce, FLE, a Grande mãe, a Mãe terrível

Resumo

O romance Chanson douce (2016) de Leïla Slimani começa na cena de um crime: na Paris contemporânea, uma babá mata as duas crianças de quem cuidava. Cabe ao leitor acompanhar o desenvolvimento da história de trás para frente, cujo desfecho é conhecido de antemão. Na trama, trata-se de situar o espaço doméstico onde as tensões relativas ao trabalho, à maternidade, à infância, à cidade se desenrolam dentro dos limites sufocantes de um apartamento de família que, por sua vez, se tornará cenário do crime. É música de câmara, um fresco de dimensões reduzidas onde se pode compreender uma linhagem de mulheres de diferentes idades (a criança, a mãe e a ama) e estatutos sociais. As mulheres estão condenadas desde cedo à culpa de nunca terem sido capazes de cuidar adequadamente dos seus entes queridos? Esta análise considera esses dois conceitos como complementares e articuladores de relações de forma não estável. A análise serve como uma ação preliminar para a proposta de leitura deste romance no contexto de um curso de extensão em Francês Língua Estrangeira (FLE) na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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Biografia do Autor

Rita Jover Faleiros, université fédérale de São Paulo

Universitaire à l'université fédérale de São Paulo, accréditée dans le programme de troisième cycle en Lettres de cette même institution. Mène des recherches dans le domaine de la lecture en langue étrangère et de l'enseignement de la lecture littéraire.

Referências

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SLIMANI, Leïla. Chanson douce. Paris : Gallimard, 2016.

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Publicado em

23 de novembro de 2023

Como Citar

FALEIROS, R. J. Os retratos de mulher em Chanson douce e o pivoteamento entre a Grande mãe e a Malvada: as dores e os doces de ser e não ser mãe. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 12, n. 4, p. 100–112, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.10183026. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/2033. Acesso em: 21 dez. 2024.

Seção

Le Français en terres non-francophones