Exercícios de aproximação: a experiência literária a partir de Roland Barthes e Maria Gabriela Llansol

Autores

Palavras-chave: Língua, Literatura, Escritura

Resumo

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v8i4.1610

Este artigo aproxima a escritura barthesiana e a textualidade llansoliana, o corpus teórico e o corpo literário, a partir de três lugares: a língua, o estilo e a escrita, para extrair dessas escritas o ponto em que a língua, liberta da servidão e do poder, vibra. Para Barthes a língua é fascista, pois obriga a dizer de um único modo, investida que está pelos signos do poder. Se mesmo na intimidade de um sujeito a língua entra a serviço de um poder, e se não há um modo de livrar-se dela colocando-se fora dela, é no interior mesmo da linguagem que uma revolução deve acontecer. Para esses autores, a literatura começa no lugar de uma perda, para avançar para além daquilo que a define, alargando seus domínios. A partir da noção de escritura, o literário pode ser pensado como o grafo complexo de uma prática marcada pelos ritmos do corpo e pelo grão da voz, lugar em que a língua balbucia, gagueja, trapaceia. Desvestidas de sua significação, as palavras encadeiam um canto preexistente à linguagem, inscrevendo, numa espécie de esforço de arquitetura, uma intensidade que conduz o discurso a um movimento diferenciante.

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Biografia do Autor

Janaína de Paula, UFMG

Doutora em Letras – Estudos Literários - UFMG. Pós-doutoranda em Letras (CAPES-PNPD) - UFOP.
Belo Horizonte – MG. Brasil.

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Publicado em

8 de outubro de 2023

Como Citar

PAULA, J. de . Exercícios de aproximação: a experiência literária a partir de Roland Barthes e Maria Gabriela Llansol. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 8, n. 4, p. Port. 44–59 / Eng. 41, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1387. Acesso em: 22 dez. 2024.

Seção

Linguagem, rumor, poder