Römische Fontäne, de Rilke, traduzido por José Paulo Paes e Augusto de Campos
Résumé
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v9i3.1707
Neste trabalho, realizou-se a comparação entre as traduções de José Paulo Paes e Augusto de Campos do poema Römische Fontäne [Fonte Romana], de Rainer Maria Rilke, presente em seu livro Neue Gedichte – I, [Novos Poemas - I]de 1907. Essas traduções estão presentes nas antologias Rainer Maria Rilke [Poemas] (1993), de Paes, e Rilke: Poesia-Coisa (1994), de Campos. Para cumprir o objetivo principal, discorreu-se sobre o conceito do livro Novos Poemas, bem como sobre a figura da fonte, na poesia de Rilke. Em seguida, realizou-se a análise, sob os parâmetros de análise do poema e das traduções propostos por Mário Laranjeira (1993). O diálogo teórico manteve-se ainda com as proposições de Hans Vermeer (1994 apud SNELL-HORNBY, 2012), em relação ao grau de distanciamento ou de aproximação à língua de chegada, e Haroldo de Campos, com o conceito de transcriação. Por meio da análise e comparação, constatou-se que a principal diferença entre as duas traduções decorre do modo como cada tradutor lidou com a iconicidade verbal presente no poema de Rilke, levando-se em consideração o fator de assimilação ou distanciamento das abordagens tradutórias, em relação ao original, e o potencial transgressor da proposta transcriadora de Campos. Acerca da obra rilkeana, consultou-se as seguintes fontes: Judith Ryan (2004), Manfred Engel (2004), Otto von Bollnow (1955), Wolfgang Müller (1997) e Benedito Nunes (2009).
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