Experiências de leitura e formação do leitor em O fazedor de velhos, de Rodrigo Lacerda

Resumen

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v8i1.1061

O objetivo principal deste trabalho é analisar o livro O Fazedor de Velhos, de Rodrigo Lacerda, a partir das nuances da formação do leitor/narrador por meio de suas experiências, para isso, será necessário verificar como o personagem principal, no decorrer da narração, se constrói e identificar a que processos de leitura ele recorre para sua formação enquanto leitor. Destacaremos o papel formador da literatura através de mediações da família e da vida social, atentando para aspectos, como a relação deste sujeito com o texto, efetivada pelo diálogo de ambas as partes. Voltaremos também para a construção desse narrador, observando como se dão suas experiências literárias envolvidas pelo prazer do texto, o que culmina na solução de seu dilema. Para respaldar tais argumentos recorreremos, primeiramente, a Benjamin (1994a; 1994b) para tratar da experiência desse sujeito; a Santiago (1989) para se pensar a construção desse narrador, que narra a partir das próprias experiências; ao atentar para o proceder da literatura, a relação entre texto e leitor, nos apoiaremos em Zilberman (1985); a partir de  Barthes (2006), refletiremos sobre o prazer do texto; e sob a perspectiva de Silva (2013) analisaremos as experiências literárias do protagonista, e para isso contaremos também com a crítica de Langaro (2015). Percorreremos as teorias apresentadas com o intuito de verificar as contribuições da literatura para a construção desse indivíduo em conflito, verificando como esse narrador se elabora, baseado em suas experiências, especialmente, literárias, constatando assim o papel fundamental que a literatura exerce na formação deste sujeito.