Autobiografias de leitor como instrumento de pesquisa: alguns caminhos e possibilidades de exploração
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10019556Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar alguns conceitos e noções basilares para a análise de autobiografias de leitores enquanto objeto de pesquisa, na perspectiva da didática da literatura. Dessa forma, apresentamos tais conceitos e noções desenvolvidas e teorizadas por especialistas ao longo de algumas décadas, dentre os quais, ressaltamos Rouxel (2013), no que diz respeito à noção de “identidade do leitor”; Riffaterre (1978), Picard (1984), Gervais (1992), Jouve (1993) e Canvat (2007), dentre outros, quanto às discussões acerca dos “modos de leitura”. Acrescentamos ainda a noção de “biblioteca interior”, a partir do prisma de Louichon (2010), bem como ponderações acerca do papel dos mediadores da leitura, na formação do sujeito-leitor (PETIT, 2009). Nos resultados, identificamos que diversas pesquisas, a exemplo da apresentada por Blondeau, Allouache e Salvadori (2012) demonstram que a produção desse gênero na formação de leitor tem se revelado como um instrumento essencial enquanto objeto de pesquisa, mas também muito eficaz no que concerne à formação de leitores, sobretudo quando se trata da obra literária, uma vez que ela pode ser entendida como uma poderosa forma de abertura para o mundo (BLONDEAU, 2019).
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