Marcas da decadência da ordem patriarcal em “Fogo morto”
Résumé
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v1i1.116
Esse artigo pretende efetuar algumas considerações a respeito da obra “Fogo Morto” (1943), de José Lins do Rego, com a finalidade de evidenciar como ocorre a decadência do mundo patriarcal, representada pela completa degradação do mundo dos engenhos do nordeste brasileiro, tal qual sucede com o engenho de Lula de Holanda Chacon, um dos personagens da obra em questão, a figurar como representante de uma sociedade que já não se sustenta nos velhos valores que a levaram ao ápice da glória e do poder. Para a apreensão dessa realidade de esboroamento da ordem patriarcalista existente nesse romance, empregamos o conceito "círculo fraturado", uma das terminologias utilizadas em “A permanência do círculo” (1987), de Roberto Reis, no seu estudo da hierarquização existente entre personagens ficcionais pertencentes à esfera do poder socioeconômico (núcleo) e à órbita dos desvalidos (nebulosa).
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