O discurso de resistência como metáfora política da Literatura Fantástica em cenário de crise democrática

Autores/as

  • Osana Morais Universidade Federal do Piauí
  • Saulo Brandão Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.14542451
Palabras clave: Discurso de resistência, Literatura fantástica, Metáfora, Política

Resumen

O presente artigo apresenta uma reflexão acerca dos mecanismos de produção do discurso de resistência como metáfora política da Literatura Fantástica em cenário de crise democrática a partir de um estudo de natureza crítica analítica das obras A Hora dos Ruminantes de José J. Veiga e O Seminário dos Ratos de Lygia Fagundes Telles. O estudo tem como objetivo geral a tarefa de compreender a ideia do discurso da literatura fantástica como metáfora política e como objetivos específicos avaliar o grau de sustentabilidade e eficácia desse discurso em meio ao crescente recrudescimento dos governos autoritários. As contribuições teóricas de Todorov (1981), Berardinelli (2011), Camarani (2014), Candido (2015), Vereza (2010), dentre outros fundamentaram as análises aqui empreendidas as quais ressaltam a relevância da efervescência dos discursos de resistência abrigados no seio da Literatura Fantástica como viés de fratura dos diferentes campos de saberes hegemônicos em uma realidade mergulhada em crises.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BERARDINELLI, Alfonso. Direita e esquerda na literatura. Belo Horizonte/Veneza: Editora Âyiné, 2016.

CAMARANI, Ana. A Literatura Fantástica: Caminhos teóricos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.

CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira: resumo para principiantes. 3. ed. São Paulo: Humanitas / FFLCH/USP, 1999.

CANDIDO, Antonio. De cortiço a Cortiço. Novos Estudos. CEBRAP, nº 30, julho 1991, p. 111 a 129.

ESTEVAM, Mariana. Literatura e Política, de ontem e de hoje: Vínculos e Fronteiras Movediças entre Dimensão Literária e Esfera Política. São Paulo: ILP, 2011.

LEITE, C. D. P. Políticas de escritas: um tecido de movimentos de leitura – Em modos de apresentação. Revista Acolhendo a alfabetização nos países de língua portuguesa, Brasil, São Paulo, volume 1, nº. 13, pp. 4 – 10, Set. 2012.

LOVECRAFT, Howard Philips. Horror Sobrenatural em Literatura. Tradução Celso M. Paciornik. São Paulo: Iluminuras, 2008.

MANNA, Nuno. Política do Fantástico. Caderno Seminal Digital, ano 18, n. 17, jan – jun, 2012.

PAZ, Otávio. Signos em Rotação. São Paulo: Editora Perspectiva, 2005.

TELLES, Lygia Fagundes. Seminário dos Ratos. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1977.

TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: Perdidos e Achados. org. Suênio Campos de Lucena. Rio de Janeiro, Rocco, 2002.

TELLES, Lygia Fagundes. Lygia Fagundes Teles entrevistada por Clarice Lispector. Entrevista concedida ao Templo Cultural Delfos, Elfi Kurten Fenske, Ano VIII, 2018.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica, trad. Sílvia Delpy, 2. Ed. México: Editora do Seuil, 1981.

VEIGA, J. J. A hora dos ruminantes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

VEIGA, J. J. Por que escrevo? São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1996.

VEREZA, Solange C. O lócus da metáfora: Linguagem, pensamento e discurso. Cadernos de Letras da UFF - Dossiê: Letras e Cognição, n. 41, 2010. p. 199-212.

Publicado

diciembre 23, 2024

Cómo citar

MORAIS, O.; BRANDÃO, S. O discurso de resistência como metáfora política da Literatura Fantástica em cenário de crise democrática . Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 13, n. 4, p. e2290, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.14542451. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/2290. Acesso em: 26 dic. 2024.

Sección

Dossiê: Literatura comparada e ensino de literatura - n. 3, 2024