Intercompreensão (IC): dos fundamentos de uma didática de línguas em contato às interações plurilíngues na plataforma Miriadi

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10022529
Palavras-chave: Intercompreensão, Didática do plurilinguismo, Plataforma colaborativa Miriadi, Interações plurilíngues, Co-construção

Resumo

No início dos anos 90, nascia um novo campo didático resolutamente plurilíngue e europeu, o da intercompreensão. Desde então, espaços e produtos de formação e de pesquisa se multiplicaram (Galatea, Galanet, Galapro, Eurocomcenter, Redinter, Miriadi...). Se na primeira fase de seu desenvolvimento várias definições surgiram sem que conseguíssemos entrar em acordo sobre uma fórmula ideal para aproveitar seus elementos essenciais, a maioria dos especialistas da intercompreensão concordam, hoje, sobre uma definição do conceito cujo denominador comum é que a intercompreensão é uma forma de comunicação na qual cada pessoa se expressa em sua própria língua e entende a do outro. Essa definição permite esclarecer dois pontos: a intercompreensão inclui comunicação tanto oral como escrita e exclui o uso ativo da língua estrangeira. Este artigo tem como objetivo mostrar, através da análise qualitativa de corpus extraídos da plataforma Miriadi, o que permite criar um espaço de formação adaptado ao seu público, como os princípios fundadores e a metodologia desta nova abordagem para a educação plurilíngue são colocadas em prática em interações on-line.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudine Franchon, Universidade de Brasília

Linguista de formação, docente-pesquisador /Professora Associada na Universidade de Brasília no
Departamento Línguas Estrangeiras e Tradução.

Referências

ANQUETIL, M. ; DE CARLO, M. « L'intercompréhension : quels fondements disciplinaires pour une discipline européenne en développement ? », In: Appropriation et transmission des langues et des cultures de monde, Actes de Séminaire Doctoral International, INALCO coordonnés par N. Takahashi, J-O. Kim, N. Iwasaki, 2012.

ARDITTY, J. ; VASSEUR, M.-T. Interaction et langue étrangère : Présentation. Langages, n°134, p. 3-19, 1999.

BANGE, P. À propos de la communication et de l’apprentissage de L2 (notamment dans ses formes institutionnelles). Acquisition et Interaction en Langue Étrangère 1, p. 53-85, 1992.

BANGE, P. Analyse conversationnelle et théorie de l’action. Paris: Hatier / Didier, 1992.

BLANCHE-BENVENISTE, C. & al. Eurom 4 : Méthode d’enseignement simultané des langues romanes. Firenze : La Nuova Italia Editrice, Scandicci, 762 pages, 1997.

BLANCHE-BENVENISTE, C. ; VALLI, A. (coord.). L’intercompréhension: le cas des langues romanes. Le Français dans le Monde, numéro spécial, janvier 1997.

BONVINO, E.. & al. Eurom 5. Lire et comprendre 5 langues romanes. Milan: Hoepli, 2011

CHARDENET, P. « Evaluer des compétences plurilingues et interlingues ». p.90-102, 2006.

Conseil de l’Europe. Le Cadre européen commun de référence pour les langues: apprendre, enseigner, évaluer. Paris : Didier, 2001

DA COSTA, P. « Regards sur la perspective actionnelle », http:/www.edufle.net/regards-surlaperspective-html (dernière consultation le 28 septembre 2013), 2010.

DEGACHE, CH. « Nouvelles perspectives pour l’intercompréhension (Afrique de l’Ouest et Caraïbe) et évolutions du concept », In : M. H. Araújo e Sá, R. Hidalgo Downing, S. Melo- Pfeifer, A. Séré & C. Vela Delfa (Orgs.), A Intercompreensão em línguas românicas (81-102). Aveiro: Officina Digital, 2009.

ESCUDÉ, P. De l’intercompréhension comme moteur d’activités en classe. Tréma, n°42, p. 46-53, 2014.

FILLIETAZ, L. Présentation : Les modèles du discours face au concept d’action. Cahiers de Linguistique Française 26, p. 9-23, 2004.

GALISSON, R. Où va la didactique du Français Langue Etrangère. ELA , n°79. Paris: Didier Eruditions, p. 9-34, 1990.

JACOBY, S. ; OCHS, E. Co-construction : An introduction. Research on Language and Social Interaction 28 (3), p. 171-183, 1995.

JAMET, M.-CH. L’intercompréhension: de la définition d’un concept à la délimitation d’un champ de recherche ou vice versa ?. In: Publif@rum, n. 11: Autour de la définition. http://publifarum.farum.it/ezine_articles.php?id=144, 2010.

MANOÏLOV, P. ; OURSEL, É. Analyse des interactions et didactique des langues : tour d'horizon des relations. Linx [En ligne], 79 | 2019, document 1, mis en ligne le 30 décembre 2019, consulté le 02 mai 2020. URL : http://journals.openedition.org/linx/3399, 2019.

MONDADA, L. Compétence située et construction du savoir scientifique dans l'interaction plurilingue. In : Colloque international Pluralité des langues et des supports dans la construction et la transmission des connaissances. ENS/SHL 13614615 juin, Lyon, 2002.

OURSEL, É. Des interactions de service entre francophones natifs et non natifs. Analyse de la gestion de l’intercompréhension et perspectives didactiques, thèse de doctorat, soutenue à l’université Sorbonne nouvelle – Paris 3, 2013.

PUREN, CH. Variations sur la perspective de l’agir social en didactique des langues-cultures étrangères. Langues modernes, APLV, janvier 2009.

PY, B. Discours et construction des connaissances en L1 et L2. Enseigner en classe bilingue. In : Actes de l’Université d’Automne, IUFM d’Alsace, 24-27 octobre 2002. Paris: Ministère de l’Éducation Nationale, p. 119-126, 2004.

RONJAT, J. Essai de syntaxe des parlers provençaux modernes. Mâcon : Protat frères, 1913.

RONJAT, J. Le Développement du langage observé chez l’enfant bilingue, [Paris: Honoré Champion, 1913] Peter Lang, 2013, édition de Pierre Escudé, 2013.

DE SAUSSURE, F. Cours de linguistique générale. Paris: Payot, [1916], 1998.

VION, R. La communication verbale. Analyse des interactions, Paris : Hachette Supérieur, 1992.

VION, R. « L'analyse des interactions verbales », in Les carnets de Cediscor n°4. p.19-32, 1996.

Downloads

Publicado em

29 de novembro de 2021

Como Citar

FRANCHON, C. Intercompreensão (IC): dos fundamentos de uma didática de línguas em contato às interações plurilíngues na plataforma Miriadi . Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 10, n. Spécial, p. 148–164, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.10022529. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1679. Acesso em: 24 nov. 2024.

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)