Pequenos (des)compassos nas políticas linguísticas
Resumo
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v6i2.780
Essa análise se situa no âmbito conflituoso de compreensão das complexas implicações de políticas linguísticas que abrangem as grandes discussões atuais, a saber, a internacionalização das universidades, a corrente reformulação da base curricular nacional para a Educação Básica e o papel e a abrangência das línguas estrangeiras nessas instâncias, e também, aquelas políticas que deveriam respeitar a formação identitária, no nosso caso a sul-brasileira, e, especificamente, junto à porta de acesso à Universidade - as LEs no vestibular. Os dados são de levantamentos feitos por volta de 2011 pela COPERVE e que permearam uma discussão sobre a manutenção (ou não!) das línguas alemão e italiano (mas também o francês) no vestibular da UFSC. Questiona-se os argumentos que sustentavam sua eliminação e enfatiza-se razões para a sua manutenção, tendo por base, primordialmente, a pluralidade linguística alóctone sul-brasileira e a questão dos direitos linguísticos universais, e também dentro de uma perspectiva plural que é própria do mundo globalizado, de políticas de internacionalização. A discussão é amparada ainda por uma postura histórica da UFSC, que desde a sua fundação sempre promoveu instanciações plurilinguísticas, atendendo demandas provindas da sociedade. Se a política linguística é, segundo Calvet (2007, p. 86), “em última análise, da alçada dos decisores, nenhuma decisão pode ser tomada sem uma descrição precisa das situações (...), e tampouco sem que se levem em consideração os sentimentos linguísticos, as relações que os falantes estabelecem com as línguas com as quais convivem (...)”. Entendemos que uma política linguística institucional deve se articular nessas instâncias diversificadas.
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Referências
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