Entre o neutro e o Grau zero da Escritura: A utopia da linguagem em Roland Barthes

Autores/as

Palabras clave: Barthes, Utopia, Linguagem, Grau zero, Neutro, Forma

Resumen

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v1i9.1608

O presente artigo tem como objetivo discutir a concepção da utopia de linguagem em Roland Barthes, bem como sua relação com a noção de Grau zero e Neutro, noções que fazem referência a fenômenos linguísticos que rompem com a estrutura paradigmática e binária da língua. Para tanto, a reflexão sobre a utopia da linguagem em Roland Barthes busca compreender em que medida o autor francês entende forma como valor, vinculando a seu projeto estético uma dimensão ética e política. Nesse percurso, discute-se como Barthes compreende a utopia da linguagem enquanto possibilidade de resistência ao caráter fascista da língua em O grau zero da escrita, O prazer do texto, O rumor da língua, O neutro e Aula. Além disso, comenta-se as relações de sentido possíveis feitas entre O grau zero da escritura e O neutro à luz de comentadores da obra barthesiana que estudam a concepção de linguagem proposta por Barthes, a saber: Jean-Claude Milner, Bernard Comment, Rodrigo Fontanari e Leda Tenório da Mota.

 

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Biografía del autor/a

Samanta Esteves Nagem, Universidade de São Paulo

Bacharela e licenciada em Letras (Português/Francês) pela Universidade de São Paulo.

Mônica Gama, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo, professora de Teoria da Literatura e
Literatura Brasileira no Departamento de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras da
Universidade Federal de Ouro Preto.

Citas

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Publicado

septiembre 17, 2023

Cómo citar

NAGEM, S. E. .; GAMA, M. . Entre o neutro e o Grau zero da Escritura: A utopia da linguagem em Roland Barthes. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 9, n. 1, p. Port. 9–31 / Eng. 8, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1070. Acesso em: 18 may. 2024.

Sección

Artigos de temas livres