Migrantes internos: o reconhecimento da variação linguística e os desafios interculturais
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8218209Resumo
Este artigo apresenta o reconhecimento da variação linguística por estudantes migrantes em regiões com fluxo migratório interno, especialmente nas cidades de Juazeiro/BA e de Petrolina/PE, no Semiárido Brasileiro. Buscou-se identificar o entendimento dos tipos e níveis de variação linguística pelos migrantes internos em contexto escolar, analisar a relação intercultural entre as variedades do Português Brasileiro pelos estudantes migrantes e apontar a resistência do preconceito linguístico nesses sujeitos. A pesquisa é de abordagem qualitativa, guiada pela Sociolinguística educacional e foi desenvolvida em duas escolas estaduais no Semiárido Brasileiro. Os dados de análise foram gerados por meio de observação direta, de questionários e de grupos focais que foram entrecruzados e analisados pela triangulação de métodos. Os resultados mostram que nesse contexto a percepção da variação diatópica no nível fonético-fonológico é relevante; entretanto, a abordagem intercultural entre as variedades do português é uma realidade distante, o que induz e estimula o preconceito linguístico entre eles.
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