(In)Capacidade e (Im)Potência em a Moratória, de Jorge Andrade
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17211814%20Palabras clave:
A moratória, Jorge de Andrade, Teatro moderno, (in)capacidade, (im)potênciaResumen
O presente artigo aborda questionamentos sociais e identitários observados na peça A Moratória, do autor brasileiro Jorge Andrade (1922-1984). A partir da trajetória percorrida pela família de Joaquim e Helena, fazendeiros precarizados pela crise cafeeira de 1929, desvela-se um quadro que ultrapassa a vivência individualizada das personagens, assumindo contornos coletivos marcados por transformações políticas e econômicas complexas. Nesse contexto, destaca-se a construção cênica inovadora da peça, estruturada em dois planos físicos nos quais a espacialidade surge como referência temporal. No espaço do palco, conjugam-se momentos temporais distintos: 1929, quando o casal ainda se encontra no casarão da fazenda; e 1932, quando a família reside em uma cidade próxima, enfrentando as dificuldades financeiras e a marginalização decorrentes da perda de suas terras. Uma leitura inicial direciona o olhar para Lucília, a filha do casal, por ser ela a personagem que se torna a provedora do grupo familiar. Contudo, as análises aqui efetuadas apontam a desestruturação física, emocional e afetiva vivenciada por todas as demais personagens, cada uma envolvida em processos (in)capacitantes, marcados pela (im)potência, nos quais a fragilidade da reação e a carência de possibilidades caminham lado a lado com o alienamento e a fuga. Para embasamento teórico, foram pesquisados aspectos estéticos e estruturais relativos à dramaturgia moderna.
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