O narrador moderno em “A Hora da Estrela”
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.16734613Palabras clave:
A Hora da Estrela, Narrador moderno, Rodrigo S. M, Clarice LispectorResumen
Este artigo investiga os elementos modernos que constituem o narrador de “A Hora da Estrela”, último romance publicado em vida por Clarice Lispector. Definido por seu narrador, Rodrigo S. M., como uma “fotografia muda”, o livro explora intensamente o processo criativo de seu autor fictício, tornando-se o foco analítico deste estudo. Busca-se, desse modo, compreender como a narrativa moderna constrói um narrador cuja voz revela a impossibilidade de uma neutralidade objetiva ou de uma onisciência absoluta, marcas do fazer literário moderno. Esta análise contribui para desvendar questões fundamentais sobre a modernidade e sua literatura, caracterizadas pela suspensão da crença na ciência, a dissolução de instituições e o colapso das metanarrativas. Tais dinâmicas refletem a essência de uma alma moderna: fragmentada, desamparada e autoconsciente. Examinar o fazer literário de Rodrigo S. M. permite descortinar os meandros da expressão escrita, capturando seu “essencial delicado”. A fim de mapear os elementos que constituem o narrador Rodrigo S. M. como um narrador moderno, este artigo embasar-se-á em autores como Theodor W. Adorno, Mikhail Bakhtin e Anatol Rosenfeld.
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Citas
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