A poesia de Márcia Kambeba e sua recepção no contexto escolar
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10439340Resumen
Em pleno século XXI, a ausência de conhecimento sobre os povos originários em sala de aula ainda é um mobilizador do preconceito, da falta de respeito e escassez do reconhecimento da cultura dos ancestrais. Para muitos, persiste a imagem do estereótipo indígena que foi retratado desde a época colonial, por isso, é essencial desmistificar esta imagem levando para as escolas a cultura indígena através da literatura escrita pelos próprios nativos. O objetivo deste artigo é refletir sobre a produção da poetisa indígena Márcia Kambeba, bem como apresentar uma vivência com alguns de seus poemas no contexto escolar. Desta forma, apontamos um caminho para o atendimento da lei federal nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da cultura dos povos originários na escola. Nosso trabalho fundamenta-se em Gomes (2012), Silva (2012), Graúna (2013), Silva (2014), Potiguara (2019), Bergamaschi (2012), entre outros. A experiência de leitura da poesia indígena em sala de aula favoreceu uma mudança na visão dos alunos sobre os povos originários. Houve um reconhecimento de visões preconceituosas que circulam, bem como um maior interesse pelas diversas manifestações culturais dos indígenas brasileiros.
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