Lengua afilada: Doñana y saberes ancestrales en Torto Arado

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.11178092
Palabras clave: Oralidade, Ancestralidade, Feminismos, Escrita negra

Resumen

Las complejidades temáticas y narrativas de la novela Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, abren varias posibilidades para los estudios académicos, con énfasis en el protagonismo femenino. La reflexión inicial de este trabajo se centra en la importancia del personaje Doñana y la fuerza de la oralidad, la ascendencia y la memoria afectiva para la construcción enunciativa de la obra y para la encarnación de la resistencia femenina. Sin dejar de lado a las otras mujeres de la historia, la relación entre las nietas Bibiana y Belonísia (protagonistas del libro) y la abuela Doñana (matriarca de la novela) proporciona pistas valiosas para develar cómo se construye el vínculo entre cuerpos-voces femeninas y ascendencia. Algunas proposiciones a analizar: ¿cómo el personaje Doñana, entendido como maestro de la tradición, constituye el hilo conductor de la historia? ¿La construcción de la imagen del personaje Doñana ocurre de manera diferente en la memoria afectiva de cada nieta? ¿Qué importancia tiene la memoria en la construcción de una identidad y una narrativa colectiva de Fazenda Água Negra, el escenario del libro? Para discutir tales proposiciones, la metodología apunta a una investigación cualitativa con referentes que permitan lecturas sobre ascendencia, oralidad, escritura, entre otros conceptos operativos. Las reflexiones producidas en la obra dan lugar a importantes discusiones sobre la representación femenina en la literatura, que en la novela Torto Arado se construye a partir de una profusión de memorias, creencias y saberes ancestrales, importantes para el fortalecimiento de un nuevo lenguaje literario, fuera del eje colonizador masculino. . , así como por una nueva visibilidad-arquitectura de lo femenino, de las mujeres negras, de otros mundos cortados y abiertos con ellas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Nádja nayra Brito Leite , Mestranda/Universidade do Estado da Bahia

A formação acadêmica compreende as áreas de comunicação e letras. Graduada em Comunicação Social (Habilitação em Publicidade e Propaganda) pela UCSAL e Pós-graduada (especialização) em Comunicação e Marketing Empresarial no JTS. Tem vasta experiência profissional na área de Comunicação, com ênfase em redação publicitária.  Além disso, exerceu a docência por 10 anos lecionando as disciplinas de redação publicitária, ética e legislação e semiótica na UNIFTC. Atualmente é graduanda em Letras e mestranda em Crítica Cultural no departamento de letras da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Dedica-se aos estudos sobre feminismos, decolonialidade e crítica sociocultural, relacionando as áreas de comunicação, artes e letras.

Citas

ALVES. Paulo César; MÍRIAM Cristina Rabelo. O Jarê – Religião e Terapia no Candomblé de Caboclo. In: V ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, 2009. Faculdade de Comunicação/UFBA, Salvador-BA, p. 1-16.

CAPUANO. Amanda. ‘Torto Arado’ desbanca autoajuda e é o livro mais vendido do ano na Amazon. Revista Veja. 28 dez. 2021. Disponível em https://veja.abril.com.br/cultura/torto-arado-desbanca-autoajuda-e-e-o-livro-mais-vendido-do-ano-na-amazon. Acesso: 17 fev. 2023.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, São Paulo, p. 223-244, 1984.

HOOKS, Bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. Tradução: Cátia Bocaiuva Maringolo. São Paulo: Elefante, 2019.

MACHADO, Adilbênia Freire. Linguagem e identidade africana / afro-brasileira. Fólio – Revista de Letras, Vitória da Conquista, v. 3, n. 2, p. 201-219, jul./dez. 2011.

MARTINS, Leda Maria. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, v. 26, p. 63–81, 2003. DOI: https://doi.org/10.5902/2176148511881.

MARTINS, Leda Maria. Performance do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

MOREIRA, Jailma dos Santos Pedreira. A força ativa Maria Bonita no movimento de reescrita de si de mulheres nordestinas. In: LIMA, Caroline de Araújo; BRITTO, Clovis Carvalho; MOREIRA, Jailma dos Santos Pedreira (Org.). Outros olhares sobre o sertão nordestino: gênero, masculinidades e subjetividades. Salvador: EDUNEB, 2020. p. 155-184.

OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.POTIGUARA, Eliane. A Cura da Terra. São Paulo: Editora do Brasil, 2015.

SANTANA, Tayrine; ZAPPAROLI, Alecsandra. Conceição Evaristo: a escrevivência serve também para as pessoas pensarem. Itausocial. Publicado em: 09 nov.2020. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/noticias/conceicao-evaristo-a-escrevivencia-serve-tambem-para-as-pessoas-pensarem/. Acesso em: 17 fev. 2023.

SANTIAGO, Ana Rita. Mulheres de axé: memórias e resistências. In: CANAL, Jordi; CORREIA, Luciana Oliveira; SANTOS Osmar Moreira dos (Org.). Bahia Contemporânea: sob o crivo das tradições fortes. Campinas: Mercado das letras, 2021, v. 1, p. 76-90.

VALLE, Eduardo. A história que 'Torto Arado' não contou. GQGlobo. Publicado em: 06 fev.2021. Disponível em: https://gq.globo.com/Cultura/noticia/2021/02/historia-que-torto-arado-nao-contou.html. Acesso em: 17 fev. 2023.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto Arado. Portugal: Grupo Leya, 2018.

Publicado

mayo 13, 2024

Cómo citar

JAILMA DOS SANTOS PEDREIRA; LEITE, N. N. B. L. . Lengua afilada: Doñana y saberes ancestrales en Torto Arado. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 13, n. 1, p. e1296, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.11178092. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1296. Acesso em: 29 jun. 2024.

Sección

n.1 - 2024 - Dossiê: Estudos linguísticos e literários