Angola diante do caos: a memória enquanto resgate da tradição angolana em Parábola do Cágado Velho

Autores/as

Palabras clave: Angolano, Ulume, tradição, memória

Resumen

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v9i2.1694

Ao investigar a constituição identitária do continente africano, deparamo-nos com uma paisagem imersa em disputas territoriais e imposições culturais. Os países africanos se posicionaram de formas diversas quanto a essa realidade, na intenção de resistir à apropriação de seu espaço e tentativa de apagamento da cultura. É sob este cenário que Pepetela em Parábola do Cágado Velho (1996) transita a fim de narrar a trajetória do povo angolano a partir de Ulume, protagonista do romance e figura representativa da tradição em meio à ameaça de ruptura dessa herança. Nesta narrativa consideraremos a indispensabilidade da memória enquanto símbolo de resistência e perpetuação da cultura, recuperando o legado angolano com base no reavivamento das histórias herdadas e vividas. Em consonância com este estudo, traremos enquanto aportes teóricos os seguintes estudiosos: Paul Ricoeur (2007), Michael Pollak (1992), Maurice Halbwachs (2003), Jean Chevalier (2018), e outros. Enveredaremos pela memória resgatando os objetos e lugares que incitam o processo de rememoração do protagonista e de outros personagens que auxiliarão na recontagem da guerra civil em Angola.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carolina Silva Almeida, Universidade Federal do Maranhão

Graduação em Letras, habilitação em língua espanhola pela Universidade Federal do Maranhão.
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Letras pela Universidade Federal do Maranhão, na linha
de pesquisa: Estudos teóricos e críticos em Literatura.

Rita de Cássia Oliveira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009). Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal do Maranhão. É professora do Departamento de Filosofia e do quadro permanente do Mestrado Acadêmico em Letras/PG-Letras, na linha de pesquisa: Discurso, Literatura e Memória. É membro do GT Hermenêutica da Associação de Pós –Graduação em Filosofia - ANPOF e
Coordena na UFMA o Grupo de Pesquisa em Francesa Contemporânea. Tem experiência na área de
Filosofia, com ênfase em Hermenêutica, Filosofia e Literatura, Filosofia Francesa Contemporânea e
Filosofia e Poesia, Filosofia e Educação atuando principalmente nos seguintes temas: Memória, Tempo,
Metáfora, História, Hermenêutica e Ensino.

Citas

CHEVALIER, Jean. Dicionário de símbolos: (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). Rio de Janeiro: José Olympio, 2018.

CURTIUS, Ernst Robert. Literatura europeia e Idade Média latina. Tradução: Teodoro Cabral. São Paulo: editora da USP, 2013.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2003.

OLIVEIRA, Rita de Cássia. Memória, tempo e poesia. Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicações Acadêmicas – MG – Brasil – Nº 02 – Ano I – 10/2012.

PEPETELA. Parábola do cágado velho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212.

RELPH. Edward. Place and placelessness. London: Pion, 1976.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução: Alain François. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2007.

TUAN, Yi-Fu. Topofilia. Tradução de Lívia de Oliveira. São Paulo:Ed. Difel, 1980.

Publicado

septiembre 24, 2023

Cómo citar

ALMEIDA, C. S. .; OLIVEIRA, R. de C. . Angola diante do caos: a memória enquanto resgate da tradição angolana em Parábola do Cágado Velho. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 9, n. 2, p. Port. 180–196 / Eng. 177, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1179. Acesso em: 22 nov. 2024.

Sección

Dossiê: Narrativas memoriais e pós-memoriais