Étude comparative de deux glossaires, sur des traductions françaises de Vidas Secas et Grande Sertão: Veredas
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10777914Resumo
Dans cet article, nous cherchons à étudier un thème qui semble être progressivement mis en lumière dans le champ des Études de Traduction : le glossaire. Bien qu’il puisse être inclus dans la plus vaste catégorie des « paratextes » (GENETTE 2009), le glossaire possède, en même temps, quelques caractéristiques qui lui sont propres. Lorsqu’on analyse un glossaire sur une traduction, son étendue et sa profondeur peuvent nous aider à étudier des choix des traducteurs et éditeurs qui ont contribué à la publication du livre. Nous proposons, ainsi, une brève étude comparative de glossaires, sur deux traductions françaises de livres brésiliens. Les traductions ont été publiées avec l’écart d’une vingtaine d’années, par des maisons d’édition visant différents publics et aux envergures commerciales diverses. Dans le but de favoriser la comparaison, nous avons choisi des œuvres qui traitent d’une même sub-région du Brésil : le Sertão – ou bien, les Sertões de Minas Gerais et Alagoas. Les œuvres en question sont Vidas Secas (1938) de Graciliano Ramos et Grande Sertão : Veredas (1956), de Guimarães Rosa. Nous avons cherché, surtout, à analyser quelques choix des traducteurs Mathieu Dosse, dans Vies Arides (2014), et Maryvonne Lapouge-Pettorelli, dans Diadorim (1991), ainsi que des choix de leurs éditeurs et éditrices, concernant l’élaboration de leurs glossaires. Comme résultat, cette étude nous a permis de reconnaître des réseaux d’interrelations linguistiques, culturelles et humaines qui connectent les agents/es concernés/ées par les originaux et leurs traductions
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