Possíveis apropriações azevedianas de Hamlet: ser ou não ser

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.8415212
Palavras-chave: Álvares de Azevedo, Apropriação, Literatura comparada, Hamlet, William Shakespeare

Resumo

No Brasil do século XIX, William Shakespeare foi recebido e aceito com apreço pelos leitores, críticos, teatrólogos e escritores que, por sua vez, apropriaram-se de passagens inesquecíveis, citando-as em suas produções. Esta pesquisa se vincula à literatura comparada e almeja mostrar um panorama das citações a Hamlet que se observam na obra de Álvares de Azevedo (1831 - 1852), poeta da segunda geração romântica brasileira, a fim de relacioná-las aos temas abordados pelo jovem escritor, descobrindo o porquê e para quê foram mencionadas em seus textos. Ademais, abordam-se estudiosos que notaram a presença do gênio inglês no poeta romântico, tais como Gomes (1961), Prado (1996), Assis (2000), Cândido (2000), Monteiro (2000), Romero (2000), Stegagno-Picchio (2000) e Amaral (2006). A partir de uma análise qualitativa, vários textos foram analisados, buscando similitudes e contrastes entre os autores, verificando como ocorreu a assimilação azevediana. Dessa forma, apresentam-se as menções mais explícitas como as citações diretas de versos, indiretas de cenas e personagens.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre de Melo Andrade, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Estudos Literários. Professor Adjunto na Universidade Federal de Sergipe.

Alexandre Silva da Paixão, Universidade Federal de Sergipe

Graduação em Letras Português e Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe.

Referências

ÁLVARES DE AZEVEDO, Manuel Antônio. Obra Completa. Org. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.

AMARAL, Vitor Alevato do. Álvares de Azevedo e a linguagem dramática. Dissertação de Mestrado. UFRJ, Rio de Janeiro, 2006.

ASSIS, Machado de. “Álvares de Azevedo”. In: AZEVEDO, Álvares. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 24-26.

BRADLEY, A.C. A tragédia Shakespeariana. Tradução de Alexandre Feitosa Rosas. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

BOSI, Alfredo. O romantismo. In: ______. História Concisa da literatura brasileira. 41. ed. São Paulo: Cultrix, 1994, p. 88-160.

BUENO, Alexei. A idéia da morte em Álvares de Azevedo. In.: Revista Brasileira. Fase VII. Abril-Maio-Junho. 2003. Ano IX. Nº 35. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras.

CÂNDIDO, Antônio. “Álvares de Azevedo, ou Ariel e Caliban”. In: AZEVEDO, Álvares. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 81-95.

CARVALHAL, Tania Franco. Literatura comparada. 4. ed. São Paulo: Ática, 2006.

CONY, Carlos Heitor. Álvares de Azevedo: o amante da morte. In.: Revista Brasileira. Fase VII. Abril-Maio-Junho. 2003. Ano IX. Nº 35. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras.

CUNHA, Cilaine Alves. O belo e o disforme: Álvares de Azevedo e a ironia romântica. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 1998.

FARIA, Maria Alice de Oliveira. Astarte e a espiral. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1973.

GESTEIRA, Sergio Martagão. Eros e errância em Álvares. In.: Revista Brasileira. Fase VII. Abril-Maio-Junho. 2003. Ano IX. Nº 35. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras.

GOMES, Eugênio. Shakespeare no Brasil. Rio de Janeiro: MEC, 1961.

HELIODORA, Barbara. Falando de Shakespeare. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.

______. O homem político em Shakespeare. Rio de Janeiro: Agir, 2005.

______. Por que ler Shakespeare. São Paulo: Globo, 2008.

______. Reflexões shakespearianas. 1. ed. Rio de Janeiro: Lacerda, 2004.

______. Shakespeare, o que as peças contam: tudo que você precisa saber para descobrir e amar a obra do maior dramaturgo de todos os tempos. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2014.

KARNAL, Leandro. Hamlet e o mundo como palco. Youtube, 10 de abr. 2016. Disponível em: Acesso em: 07 de jun. 2021.

KERMODE, Frank. A linguagem de Shakespeare. Rio de Janeiro: Record, 2006.

MONTEIRO, Jaci. “Álvares de Azevedo”. In: AZEVEDO, Álvares. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p.19-24.

NITRINI, Sandra. Literatura comparada. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2010.

PRADO, Décio de Almeida. Um drama fantástico: Álvares de Azevedo. In: ______. O drama romântico brasileiro. São Paulo: Perspectiva, 1996. p.119-142.

ROMERO, Sílvio. “Álvares de Azevedo”. In: AZEVEDO, Álvares. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 26-43.

SANT’ANNA, Affonso Romano. Paródia, paráfrase & cia. 3. ed. São Paulo: Ática, 1988.

SHAKESPEARE, William. Hamlet. In: ______. William Shakespeare: tragédias e comédias sombrias. Trad. Barbara Heliodora. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008, p. 384-544.

SHAKESPEARE, William. The complete works. Rio de Janeiro: WSK, 1974.

SOARES, Angélica. Ressonâncias veladas da lira: Álvares de Azevedo e o poema romântico-intimista. Rio de Janeiro: Tempo Brasileira, 1989.

STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. “O fascinante Álvares de Azevedo”. In: AZEVEDO, Álvares. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 98, 99.

SPURGEON, Caroline. A imagística de Shakespeare. Tradução de Barbara Heliodora; revisão tradução de Aníbal Mari. 1. ed. São Paulo: Martins fontes, 2006.

Downloads

Publicado em

29 de dezembro de 2021

Como Citar

ANDRADE, A. de M.; PAIXÃO, A. S. da. Possíveis apropriações azevedianas de Hamlet: ser ou não ser. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 10, n. 4, p. 98–118, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.8415212. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1339. Acesso em: 28 abr. 2024.

Seção

Artigos de temas livres