Autoridade e Alteridade na China de Roland Barthes

Autores/as

Palabras clave: Roland Barthes, China, Autoridade, Alteridade

Resumen

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v8i4.1611

Em 1974 Roland Barthes, François Wahl, Philippe Sollers, Julia Kristeva e Marcelin Pleynet passam um mês na China de Mao Tsé-Tung. O “grupo de Tel Quel”, como era visto, visita o país sob a tutela da Agência Luxingshe, que também providencia dois guias e tradutores para acompanhar os visitantes. Tendo por fio condutor os Cadernos da viagem à China([1974] 2009) e o artigo “E então, China?” (1974) de Barthes, procurarei identificar, descrever e interpretar a presença do estrangeiro chinês aos olhos do escritor francês, por meio de suas formulações espacial e linguística, bem como das descrições dos chineses. Dessa leitura, num grau mais abstrato, serão objeto de reflexão situações de exercício de autoridade e de busca pela alteridade, marcando a atualidade dos gestos barthesianos de repulsa à primeira e de busca pela segunda. Os pontos de vista de Barthes serão contrapostos aos de seus colegas de viagem, que também reportaram suas impressões uma vez de volta à França. Como a China é apreendida pela trama textual das narrativas de viagem e pelo discurso dos membros do grupo? Quais aspectos convergem e quais divergem nesses múltiplos olhares sobre o mesmo objeto, o Estrangeiro, particularmente, chinês, num momento de autoritarismo político e ideológico?

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Laura Taddei Brandini, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês e em Letras pelas universidades de São Paulo e de Genebra, respectivamente. Professora Adjunta na Universidade Estadual de Londrina.

Citas

BARTHES, Roland. Roland Barthes por Roland Barthes. Tradução de Leyla Perrone-Moiés. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

_____. “Da obra ao texto”. In O Rumor da língua. Tradução de Mario Laranjeira, revisão da tradução de Andréa Stahel M. da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 65-75.

_____. “E então, a China?” In Inéditos vol. 4 – Política. Seleção de Leyla Perrone-Moisés, tradução de Ivone Castilho C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 182-190.

_____. Cadernos da viagem à China. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. Revisão da tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

BAUDRILLARD, Jean. La Transparencia del mal. Ensayo sobre los fenómenos extremos. Tradução de Joaquín Jordá. Barcelona: Editorial Anagrama, 1991.

FOREST, Philippe. Histoire de Tel Quel : 1960-1982. Paris : Seuil, 1995.

KRISTEVA, Julia. Des Chinoises. Paris: Éditions des Femmes, 1974.

_____. Les Samouraïs. Paris: Gallimard, 1992.

_____. Estrangeiros para nós mesmos. Tradução de Maria Carlota Carvalho Gomes. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

PLEYNET, Marcelin. Le Voyage en Chine. Paris: Éditions Marciana, 2012.

SEGALEN, Victor. Essai sur l’exotisme. Une esthétique du divers. Paris: Fata Morgana, 1978.

Tel Quel. En Chine. Paris, no 59, outono de 1974.

Publicado

octubre 8, 2023

Cómo citar

BRANDINI, L. T. . Autoridade e Alteridade na China de Roland Barthes. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 8, n. 4, p. Port. 70–85 / Eng. 69, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1389. Acesso em: 21 nov. 2024.

Sección

Linguagem, rumor, poder