Herança assombrada: Espaço e história como repositórios de memória cultural em Gilberto Freyre e Jayme Griz
Resumen
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v9i2.1770
Os escritos do reconhecido sociólogo brasileiro Gilberto Freyre constituem um legado referencial em seu campo. Em Assombrações do Recife Velho (1955), a contribuição de Freyre abrange áreas interdisciplinares, como a sociologia cultural, a historiografia e a antropologia social. Suas narrativas sobre fantasmas, almas penadas e espectros são igualmente relevantes para os estudos literários e memorialísticos. O propósito deste artigo é apresentar relatos que abordam encontros fantasmagóricos e lugares assombrados, referidos por Gilberto Freyre e Jayme Griz, respectivamente, em Assombrações do Recife Velho e O Cara de Fogo (1969). O objetivo deste estudo é discutir, comparativamente, tópicos comuns à vida colonial referidos nesses relatos: memórias e experiências traumáticas sobre escravidão, migração e urbanização. A análise indica que histórias de fantasmas e locais considerados assombrados podem servir de repositórios históricos à pluralidade de imaginários sociais ligados ao espaço, memórias, histórias e contos folclóricos, das tradições oral e erudita, retidos na memória coletiva.
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