Vestígios de Ópera dos mortos: princípios da gênese
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.16734450Palavras-chave:
crítica genética, arquivo, Ópera dos mortos, Autran DouradoResumo
O presente artigo objetiva analisar o romance Ópera dos mortos (1967), de Autran Dourado, a partir do movimento metodológico da crítica genética, tendo em vista os métodos incorporados na fabricação de um texto. Assim, por meio de documentos encontrados no arquivo pessoal de Autran Dourado – em processo de organização no Acervo dos Escritores Mineiros, localizado na Universidade Federal de Minas Gerais – como material de análise e de conceitos embasados na crítica genética – apoiados nos pensamentos de Biasi (2010), Grésillon (2007), Hay (2007) e Salles (2006) – pretende-se explorar os documentos de gênese de Ópera dos mortos, a fim de percorrer o processo de construção de uma obra tão relevante para a literatura brasileira. Diante do exposto, a crítica genética se apresenta como método para articular essas indagações na pesquisa no arquivo do escritor, que serve como instrumento capaz de revelar práticas de escrita, indicando novas maneiras de perceber o autor e a sua criação.
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