Queer Africa: a literatura como arte de resistência
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8049488Resumen
A discussão sobre a literatura como espaço ficcional de resistência em contextos de opressão na vida é bastanterica. Nessa esteira, encontram-se obras literárias de autores/as africanos/as que representam corpos queer emespaços ficcionais em que, na vida, são marcados pela homofobia e/ou criminalização da homossexualidade. Esteartigo tem o objetivo, portanto, de apresentar, tematicamente, as coletâneas Queer Africa: New and CollectedFiction e Queer Africa 2: New Stories. Para tal, discutimos o contexto de criminalização da homossexualidade nospaíses de nascimento dos/as autores/as dos contos e trouxemos para o debate pesquisadores/as africanos/as eafricanistas que discutem como a teologização e a politização do discurso religioso, segundo o qual pessoas queersão pecaminosas e destituídas da graça de Deus, e do discurso da tradição, segundo o qual a homossexualidade éum produto do ocidente e, portanto, un-African, buscam a permanência do status quo nesses países. Durante aanálise temática dos contos e da análise do conto “Pub 360” a partir da teoria do romance de Bakhtin, percebemosque os/as contistas trouxeram para o mundo ficcional a representação não só dos conflitos vividos por personagensque descobrem ou vivem a sua sexualidade em meio a contextos homofóbicos ou criminalizantes, mas também osamores e as paixões de casais que vivem e exploram a sua sexualidade no seu cotidiano; ou seja, são asexperiências humanas e humanizadoras de corpos queer representados nos contos que tornam essas coletâneasarte de resistência não só pela representação que faz, mas pela sua própria existência.
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JÚNIOR, Orison Marden Bandeira de Melo. PINHEIRO, Vanessa Neves Riambau. ‘Queer Africa’: a literatura como arte de resistência. Revista Letras Raras. Campina Grande, v. 11, n. 4, p. 135-159, dez. 2022.
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