A tradução brasileira de Wide Sargasso Sea, de Jean Rhys
Résumé
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v7i2.1140
Este artigo tem o objetivo de analisar a tradução brasileira do romance Wide Sargasso Sea (1966), da escritora Jean Rhys, com ênfase na mediação cultural realizada pela tradutora Léa Viveiros de Castro, a partir de questões de gênero e étnico-raciais. Para tanto, a análise embasa-se nas perspectivas de tradução feminista e pós-colonial para cotejo do corpus – composto pelo romance Wide Sargasso Sea e a tradução brasileira Vasto Mar de Sargaços (Rocco, 2012). Os resultados apontam para necessidade urgente de traduções engajadas em transmitir o viés político das obras traduzidas, uma vez que o cotejo apresentado neste trabalho evidencia escolhas de tradução que podem vir a interferir no sentido proposto pelo texto fonte e, em certos casos, operar até mesmo de modo contrário ao que este pretende, atenuando seu potencial feminista pós-colonial.
Téléchargements
Références
ASCROFT, Bill et al. Post-colonial studies: the key concepts. Second edition. New York: Taylor & Francis e-Library, 2007.
BRONTË, Charlotte. Jane Eyre. London: Penguin Popular Classics, 1994. [1847]
______, Charlotte. Jane Eyre. Tradução: Heloisa Seixas. Rio de Janeiro: BestBolso, 2016.
CASTRO, Olga. (Re)examinando horizontes nos estudos feministas de tradução: em direção a uma terceira onda?. Tradução: Beatriz Regina Guimarães Barboza. TradTerm. São Paulo: v. 29, julho, 2017.
FLOTOW, Luise von. Feminist translation: contexts, practices and theories. TTR: traduction, terminologie, rédaction. v. 4, n. 2, 1991.
GENETTE. Gérard. Palimpsests: literature in the second degree. Tradução: Channa Newman e Claude Doubinsky. USA: University of Nebraska Press, 1997.
LEFEVERE, André. Translation, rewriting, and the manipulation of literary fame. London & New York: Routledge, 1992.
LEITE, Marília Dantas Tenório. Orlandos: um olhar feminista sobre as traduções do romance de Virginia Woolf no Brasil. 126 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Letras, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.
MUSTE, Peter. Authorial Obeah and naming in Jean Rhys’s Wide Sargasso Sea. The explicator, v. 75, n. 2, 2017.
REIMÓNDEZ, María. Handmaidens to Translators versus Feminist Solidarity – Opposing Politics of Translation in the Galician Literary System. TranscUlturAl, v. 7, n. 1, 2015.
RHYS, Jean. Wide Sargasso Sea. London; New York: W. W. Norton & Company, 1999. [1966]
______. Vasto mar de sargaços. Tradução: Léa Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Rocco, 2012.
RICOEUR, Paul. Sobre a tradução. Tradução: Patrícia Lavelle. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2011.
SIMON, Sherry. Gender in translation: cultural identity and the politics of transmission. NY: Taylor & Francis e-Library, 2005.
WATSON, Tim. The colonial novel. 2015. Disponível em: . Acesso em: 07 dez. 2017.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Letras Raras 2023
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.