Experiência de linguagem na escrita de infância
Résumé
DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v7i3.1196
A Literatura Infantil é, na contemporaneidade, um campo de estudos em ascensão. Sua consolidação no rol dos estudos literários, porém, enfrenta equívocos que remontam à sua própria adjetivação. O termo “infantil”, comumente referido a partir de uma compreensão biopsíquica da infância, é interpretado como caracterizante de algo limitado e inacabado, portanto, de menor valor. Embasado na filosofia de Giorgio Agamben, surge uma nova chave de acesso ao conceito de "infantil” na experiência literária, cujo método está na mediação da própria linguagem. A partir do conceito de “experiência de linguagem”, o infans pode ser reconhecido no centro discursivo do texto, espaço em que ganha presença ao inscrever as qualidades literárias reconhecidas numa poética que não se deixa esgotar pelo estatuto da simbologia. Travessia essa que marca a Literatura de Infância, ao propiciar à criança a presença histórica como linguagem, e consequente poder de 'ser uma voz e ter-lugar no tempo' da enunciação literária. As narrativas exemplares, contos de Carrascoza, apenas nos oferecem o lugar da experiência como um modo de manifestação da "infância" na linguagem escrita, com o objetivo de marcar os limites que separam a língua da fala.
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Références
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