A emergência do sujeito lírico no Romantismo
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14579999Resumo
Vadé explora a emergência do sujeito lírico na época romântica, fundadora de um novo regime da palavra lírica, da qual a modernidade poética permanece tributária. Seu texto analisa aspectos da presença de uma subjetividade lírica em poemas de Musset, Lamartine, Victor Hugo, Nerval, Rimbaud, Baudelaire, entre outros poetas franceses do período romântico – em relação com a modernidade.
O texto também aborda as relações entre o poeta romântico e seu leitor, em contraponto à tradição clássica. Entre românticos, natureza humana comum e comunidade de época dariam sentido ao “je suis toi” que o poeta endereçaria a seu leitor.
Românticos franceses não se teriam colocado a questão da natureza do sujeito lírico. Contudo, suas considerações sobre a inspiração, ou sobre as relações entre pensamento íntimo e ideia de transcendência (entre outras questões) seriam passíveis de análises que poderiam observar o caráter problemático desse sujeito, em sua pretensão de ouvir e repercutir as vozes do universo. Vadé descreve, ainda, diferentes posturas de enunciação assumidas pelo eu do texto romântico, em deslocamentos que, em muitos casos, “teriam todas as características de uma elaboração mítica”, como explora mais detidamente a propósito de Nerval. O sujeito lírico romântico explorado por Vadé aparece em constante dualidade em relação às perguntas: “Qui suis je?” e “Qui es le je qui parle?” Sem possibilidade de resposta linear, o crítico acentua o caráter problemático do sujeito lírico romântico.
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