Do exilado à exilada: uma história sexuada da proscrição política além-Mancha e além-Atlântico no Segundo Império

Autores

  • Sylvie Aprile Universidade de Lille III
Palavras-chave: Exílio, Exilada, Migração, Proscrição, Mobilidade feminina

Resumo

DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v1i9.1643


Nos estudos do exílio e da migração, comumente encontramos discussões que situam o sujeito do exílio,
representado pela figura universal masculina. Contudo, neste artigo, temos como objetivo demonstrar que, desde o
princípio desse fenômeno social, as mulheres também emigravam, mesmo antes que o exílio passasse a ser
coletivo/familiar. A figura das mulheres imigrantes quebra o estereótipo de um feminino que se dedica aos afazeres
domésticos e evidencia a mobilidade feminina (PERROT, 2000). Assim, situamos três categorias de figuras
femininas, atreladas ao contexto da imigração, mas que são invisibilizadas em seu combate: a mulher que fica, mas
que não desempenha um papel passivo; ao contrário disso, ela assegura o âmbito financeiro da família.
Destacamos, também, a figura da mulher seguidora, cujo papel é o de participar da manutenção das redes
familiares; e, por fim, a figura da exilada propriamente dita. As fontes epistolares e os dossiês de reparação da lei de
1881 autorizam uma análise mais ampla sobre o que as fontes judiciárias privilegiaram até aqui, a saber, a figura
masculina. As três figuras que aqui situamos nos permitem repensar sobre a importância das políticas da migração
feminina e, também, sobre a divisão sexuada das tarefas, especialmente no âmbito do exílio.

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Referências

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Publicado em

17 de setembro de 2023

Como Citar

APRILE, S. . Do exilado à exilada: uma história sexuada da proscrição política além-Mancha e além-Atlântico no Segundo Império. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 9, n. 1, p. Port. 77–93 / Eng. 75, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1073. Acesso em: 22 dez. 2024.

Seção

Artigos de temas livres